I TM 4:116

Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem. 1 TM 4:16

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Os detalhes fazem a diferença


Seria o maior erro de muitos homens pensar que os detalhes não fazem diferença?



Por Rev. Ricardo Rodrigues

 
Sou o reverendo Ricardo Rodrigues de formação Metodista que auto me denomino pentecostal - reformado ( se é que isso existe?!). Estou há doze anos pastoreando em uma Comunidade não pacificada do Rio de Janeiro, o Complexo da Maré. E é de lá que trago esta crônica para nossa reflexão.
Como sou pastor de gabinete, junto com minha esposa, quero compartilhar duas situações
Fui procurado por mulher culta, bem tratada, vivendo em um lar estruturado, e até uma certa independência financeira , porém, insatisfeita com o marido porquê ele nunca lhe derá uma rosa em seu aniversário ( no tocante ao aniversário dela ela até relevava, porque não gostava de lembrar que estava ficando mais velha. Mas o aniversário das bodas ... imperdoável! . Numa rara exceção ,o marido estava presente no aconselhamento, e quando chegou a vez dele falar justificou dizendo: “ Pastor, eu não posso dar aquilo que nunca recebi. Meus pais me ensinaram a ser alguém independente e desde garoto fui ensinado a arrumar diametalmente opostas sobre a alma feminina. minha cama, a lavar a louça e depois do almoço passar minha roupa. E faço isso desde o primeiro dia do casamento.”
Ele acordava bem cedo, comprava o pão, fazia o café, os ovos mexidos com torradas, depois levava as crianças de carro para escola, após a janta lavava a louça e também passava suas próprias camisa, e com tal perícia que ela mesma não saia de casa sem que suas saias e camisas fossem passadas por ele.
No final ele disse à ela: Bom !!... escolhe. Posso ligar amanhã para as floriculturas do bairro e voce terá um caminhão de flores em nossa porta todo final de semana, mas não vou fazer mais nada dentro de casa. Pelo silêncio e o pender da cabeça dela creio que ela, até hoje, nunca recebeu uma flor se quer.
Como entender tamanho contraste na alma feminina?? ...Fico pensando com meus botões; Seria isso uma síndrome de Eva??... Por que Eva com tantas árvores e guloseimas no paraíso, ao seu dispor, podendo comer à vontade sem precisar sentir se culpada pelo efeito sanfona, casca de laranja ou até mesmo ver seu corpo inteiro virar uma jaca sem ter que dar satisfação a ninguém,( até porquê não tinha concorrencia). Mesmo assim, Eva parecia estar a procura de algo mais?... Já que ela não conhecia bolsas nem sapatos...
Para o marido da esposa infeliz por não receber flores, eu disse que havia um homem, na Bíblia, que amava muito sua esposa .Seu nome era Eucana e por mais que ele agradasse sua amada com uma mesada dobrada de tudo ela ainda assim sentia se infeliz por não ter filhos e, era, por causa disso, muito humilhada por sua rival Penina . Sendo assim, mesmo que ele verbalizasse seu amor dizendo que era, para ela, melhor que dez filhos, ainda assim, Ana não se sentia completa. Há mais mistérios na alma de uma mulher do que imagina a vã filosofia masculina.
Com isso achei que matei dois coelhos com uma só cajadada ( sou pastor e tive que uar o cajado) ... rsrrsr.
A outra situação que vou abordar agora é de uma mulher subjugada, amedrontada , mal tratada, humilhada e apesar disso, submete-se ao seu homem, sofrendo caladas e quase sempre competindo em desigualdade de condições com uma rival na rua. E jamais ousa verbalizar tal insatisfação (leia se infelicidade) ao marido.
Uma canção de Chico Buarque de Holanda, o cara que mais entende da alma feminina depois, é claro, do imbativel rei Salomão, chamada Mirem- se no Exemplo das Mulheres de Atenas, retrata bem o que passam algumas mulheres da Maré. Só prá recordar, aqui esta alguns versos desta canção. Peço licença para parafrasear.

MIREM SE NO EXEMPLO DAQUELAS MULHERES DA MARÉ
VIVEM PARA SEUS MARIDOS...SECAM POR SEUS MARIDOS
QUANDO FUSTIGADAS NÃO CHORAM ,SE AJOELHAM , PEDEM, IMPLORAM
QUANDO ELES VOLTAM PRA CASA , SEDENTOS
QUEREM ARRANCAR,VIOLENTOS...CARICIAS PLENAS, OBCENAS...
QUANDO ELES SE ENTOPEM DE VINHO
COSTUMAM BUSCAR UM CARINHO
DE OUTRAS ...MAS NO FIM DA NOITE AOS PEDAÇOS
QUASE SEMPRE VOLTAM PROS BRAÇOS, DE SUAS PEQUENAS
ELAS NÃO TEM GOSTO OU VONTADE... TEM MEDO APENAS
NÃO TEM SONHOS, SÓ PRESSÁGIOS
MIREM SE NO EXEMPLO DAS MULHERES DA MARÉ

Essas mulheres não são exemplos prá mulher nenhuma, e esta canção esta anacrônica, fora do contexto e dos valores e costumes sociais atuais. Mas sinceramente e ignorantemente não consigo entender o porquê de algumas mulheres serem tão infelizes por não receberem flores a ponto de pedir um gabinete pastoral enquanto outras são tratadas como objetos , coisas, escravas sexuais e até saco de pancada. Não me joguem pedras, o que quero dizer é o mesmo que João Batista diz ( não forçando a barra do contexto). “Contentai- vos com vosso soldo”. Ou seja “ tem gente que não tem salário”.
E para finalizar, fui fuçar no livro do cara que mais entende de mulher, o rei Salomão, o Cantico dos Canticos, Cantares de Salomão, como fazer para agradar uma mulher ,esse bicho complicado.
Lá encontrei um amante/esposo perfeito. Um cara que joga prá cima a auto estima da sua amada. Um homem que fala o que sente e que não fica só nas palavras. Os detalhes, os por menores, nada ficou de fora ou foi desprezado. Nem um centimetro quadrado do corpo da Sulamita ficou de fora de suas caricias. Perfumes, colares e outros pinduricalhos, da época, estavam presentes na relação .E por mais que eu procurasse rosas no relacionamento, não encontrei. Encontrei lírios, mas ele não diz que deu a ela. Talvez , ele não dera rosas a amada, por ser ele mesmo uma rosa, A ROSA de SAROM. Ou até mesmo por ser um jardim botanico inteiro, fechado e regado, exclusivo de sua amada. Ou por fim...talvez porque as rosas não falam...simplesmente exalam ...o perfume ...

Forte abraço. Rev. Ricardo Rodrigues

terça-feira, 4 de setembro de 2012

A Demonologia da Prosperidade

Por Maurício Zágari

Para você que acredita ou professa a Teologia da Prosperidade, este post será esclarecedor, pois aqui vou explicar como surgiu essa filosofia, articulada habilmente pelas forças do mal para escravizar cristãos sérios com argumentos que, de tão bem engendrados, parecem fazer sentido bíblico. Mas que na verdade não passam de doutrina de demônios – e eu provo. Se você não gosta de ler textos mais longos, sugiro que segure um pouquinho e vá até o final deste. Tome posse do que está lendo, decrete a vitória, declare em nome de Jesus que “conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará” e vá adiante. É o destino de tua alma que está em jogo. Então penso que vale a pena. Vem comigo ao longo dos próximos parágrafos e vamos falar um pouco sobre Teologia da Prosperidade.
Tem havido muito ti-ti-ti ultimamente sobre a herética, antibíblica e demoníaca Teologia da Prosperidade. Não por ela ser herética, antibíblica e demoníaca, como sempre foi e sempre continuará sendo. Não também por ela ser alguma novidade: desde os anos 1970 algumas denominações neopentecostais abraçaram esse monte de mentiras “bíblicas” e enriqueceram às custas de pessoas desesperadas, dispostas a dar o que não têm a igrejas e falsos pastores para que Deus supostamente as abençoe. Foi assim com muitas denominações que, enganando seus membros com essa doutrina de demônios, encheram o bolso de dinheiro, compraram canais de TV e estações de rádio, viraram impérios empresariais mundanos cuja única finalidade é o lucro. Seus líderes são tão despreparados biblicamente que alguns defendem o aborto e a masturbação e acusam irmãos em Cristo de estarem possessos. Tá me entendendo, sim ou não?
Mas nada disso é novidade. Programas seculares de TV nos anos 80 já denunciavam as práticas dessas “igrejas”. Só que um fato inesperado trouxe de novo essa teologia vinda do mais profundo do inferno novamente à boca dos cristãos. Aliás, dada a sua origem em religiões satânicas (mais à frente eu conto como surgiu essa “teologia”) tenho certa dificuldade de chamá-la de Teo (Deus) Logia (Estudo), costumo denominar mais de “demonologia” da prosperidade.
De certo modo nós, que acreditamos professar o Cristianismo bíblico, já olhávamos para esses neopentecostais com um olhar meio “ah, eles são assim mesmo, deixe-os pra lá enganando o povo, vamos tocar aqui a nossa espiritualidade e largar esse turma, depois Deus acertará as contas com eles”. Ocorre que um fato estarrecedor e inesperado trouxe a Demonologia da Prosperidade de volta à luz do dia e das nossas conversas: um telepastor de uma denominação séria, da chamada primeira onda no pentecostalismo brasileiro, a Assembleia de Deus (onde aliás Jesus me converteu, que em sua maioria professa um Cristianismo barulhento mas totalmente bíblico e pela qual tenho um carinho enorme) parou de pregar a verdade e começou a proclamar essa doutrina espúria. E em vez de ficar no seu canto, enganando as ovelhinhas que suicidam-se espiritualmente ao acreditar em suas palavras, lançou-se numa cruzada para promover essa demonologia.
Anos atrás, como comprovam videos do youtube, esse senhor biblicamente desqualificava essa doutrina. Metia o sarrafo nela e a acusava de ser fruto de más intenções. Mas aí os anos foram se passando, sabe-se lá o quê dentro do coração desse homem foi mudando e aos poucos Mamom foi empurrando Jesus para fora de seu programa de TV, de suas pregações, dos livros que publica… e a coisa foi ficando sombria. Herdou a igreja onde prega e criou uma denominação que está ganhando pelas posturas de seu líder ares de seita.
Quando menos se esperava sua editora lançou uma inacreditável Bíblia que tem como foco a “vitória financeira” – como se Jesus estivesse muito preocupado com esse assunto. Em seguida, importou dos Estados Unidos um pregador da Prosperidade, acusado de estelionato em seu país, mas que chamou de “profeta de Deus”. O cidadão prometeu a satânica “unção dos R$ 900″: quem doasse esse montante ao dono do programa receberia, ele garantia – avalizado pelo próprio Criador do universo – uma grana do Alto. Consta que com o dinheiro dos que caíram nessa história o apresentador desse programa comprou um jato particular. Já os pobres coitados que deram seu suado dinheirinho para ele até hoje estão olhando para o céu esperando a tal unção descer – e vão continuar esperando até Jesus voltar e explicar a essas inocentes e crédulas almas que Ele não tinha nada a ver com aquilo.
Depois esse telepastor importou outro papa da Demonologia da Prosperidade (dono de uma bela voz, sejamos justos com o homem), que em seu programa de TV novamente lançou uma campanha para arrancar dos inocentes que acreditam no empresário que comanda o show… adivinha? Mais dinheiro. Só o que eu vi foi um pastor americano pedir dinheiro “para a obra do Evangelho”. Em português claro, isso significa dar um montante para a organização do dono daquele programa, o que ele chamou de “a causa de Cristo”. Em troca, o americano garantiu que os que “plantassem essa semente” teriam 12 meses de vida espetacular, que o filho desviado do doador voltaria a Jesus, que cada decisão que o doador tomasse seria vinda direta de Deus e que o doador não tomaria uma decisão errada sequer por 12 meses. Nessa linha.
Durante uma hora inteira não se falou absolutamente nada de vida eterna, de arrependimento de pecados, de discipulado, de crescimento espiritual, de regeneração, de justificação, de ser sal da terra e luz do mundo, da Cruz de Cristo, da ressurreição do Senhor, da glória de Deus, nada, nada, nada edificante. Incrível. Um programa que se apresenta como sendo “evangelístico”. E eu só pensava naqueles que vão tirar do seu suado dinheirinho, mandar para o já abastado dono do programa e… nada disso vai acontecer.
Claro que, como o empresário que comanda o programa sabe que pessoas que pensam e leem a Bíblia criticariam mais essa loucura, voltou a tentar desqualificar os críticos de promessas como essas repetindo seu mantra “criticos nao fazem nada por ninguém”, o que absolutamente não é verdade (leia o post Cristãos críticos que criticam cristãos críticos). Essa frase é um tremendo absurdo. Mesmo se não fosse, olha o contrassenso: o senhor que diz isso vive criticando outras pessoas (inclusive quem o critica). Chamando-as de “trouxa” e outras ofensas, como se pode conferir em vídeos que estão no Youtube. Recentemente criticou um sacerdote para quem quisesse ouvir. Ou seja: ele próprio é o maior dos críticos. A última desse telepastor foi chamar de “idiotas” os que são contra a Demonologia da Prosperidade. “Idiotas e trouxas”. Uau. Que belo exemplo de linguajar cristão.
As origens da Demonologia da Prosperidade
Mas deixe-me te contar como surgiu a Demonologia da Prosperidade. E o que você lerá aqui são fatos. E aqui estão as origens da doutrina que esse líder assembleiano vem pregando e ensinando:
Não sei se você sabe, mas na verdade a Teologia da Prosperidade teria tudo para ser muito mais ligada às religiões não-cristãs do que ao Cristianismo. Simplesmente porque suas raízes estão na Nova Era. Uso como base estudo feito pelo respeitado Pastor Elinaldo Renovato de Lima, da Assembleia de Deus de Parnamirim e escritor de comentários e lições bíblicas – que cita outros autores em seu artigo, publicado em detalhes AQUI, mas vou procurar resumir ao máximo.
 
Tudo começou com uma mulher chamada Mary Baker Eddy (foto à esquerda), fundadora do movimento herético de Nova Era chamado Ciência Cristã, que afirma que “a matéria e a doença não existem e que tudo depende da nossa mente”. Foi quando, nas décadas de 1930 e 1940, um pastor chamado Essek William Kenyon (foto à direita) passou a admirar os ensinamentos heréticos de Mary Baker Eddy, sabe-se lá por quê. Ele acabou fazendo uma grande salada religiosa, em que misturava as heresias de movimentos não-cristãos (como Ciência da Mente, Ciência Cristã e Novo Pensamento) com partes do Cristianismo, tornando-se assim pai do chamado “Movimento da Fé”. Todas essas religiões afirmavam que, graças ao poder da mente, “tudo o que você pensar e disser se transformará em realidade”.É quando entra na história o homem que disseminou isso entre as igrejas cristãs: Kenneth Hagin.
Kenneth Hagin (foto à direita) conseguiu dar uma maquiagem cristã convincente às ideias satânicas de Kenyon. Discípulo dele, nasceu em 1918, nos Estados Unidos. Depois de ter sofrido com muitas doenças e de ter sido muito pobre, diz que se converteu “após ter ido três vezes ao inferno”. Aos 16 anos Kenneth Hagin afirmou ter recebido uma revelação e aí descobriu “que tudo se pode obter de Deus, desde que confesse em voz alta, nunca duvidando da obtenção da resposta, mesmo que as evidências indiquem o contrário”. Pronto. Com isso ele inventou a heresia da “Confissão Positiva” – aquela coisa de “eu declaro isso em nome de Jesus”, “eu tomo posse daquilo em nome de Jesus”, “eu decreto isso em nome de Jesus” etc que até hoje é um modismo disseminado como um câncer entre grande parte da Igreja.
O próximo ensinamento que Hagin herdou de Kenyon, que por sua vez herdou das religiões de Nova Era, é o das “promessas da doutrina da prosperidade”. Segundo essa doutrina, o cristão tem direito a saúde e riqueza, o que tornaria doença e pobreza “maldições da lei”. Usando Gl 3.13,14, Kenneth Hagin diz que fomos libertos da maldição da lei, que seriam: pobreza, doença e morte espiritual. Ele tomou emprestadas as maldições de Dt 28 contra os israelitas que pecassem. Citando Pr. Elinaldo, “Hagin diz que os cristão sofrem doenças por causa da lei de Moisés”.
Depois que inventou seus absurdos, Hagin foi pastor de igrejas de diversas denominações até que fundou sua própria organização, o Instituto Bíblico Rhema. Uma curiosidade é que o inventor da Teologia da Prosperidade foi inclusive acusado de plágio, por ter escrito livros com total semelhança aos de seu mentor, Essek Kenyon. Sua explicação? “Não é plágio, recebi diretamente de Deus”. Tá me entendendo, sim ou não?
Pois é. Aí Kenneth Hagin começou a escrever um monte de livros, onde afirma, entre outras coisas, que “recebe revelações diretamente do Senhor” (Hagin, Compreendendo a Unção, p. 7). E esse lixo teológico passou a ser devorado por legiões de pessoas, que começaram a propagar a Teologia da Prosperidade. Como seus argumentos trazem soluções imediatas aos problemas da vida, foi fácil arrebanhar multidões. Mas, se você analisar bem, a Confissão Positiva e a Teologia da Prosperidade tentam com suas práticas fazer Deus de escravo – afinal, por esse pensamento, se as pessoas “declaram pela fé”, “decretam em nome de Jesus” e coisa que o valha, o Onipotente e Soberano Criador do Universo não tem o que fazer a não ser obedecer suas criaturas como uma vaquinha de presépio. É só ter fé e vai chover dinheiro.
 
A coisa está feia
Essa é a verdade, meu irmão, minha irmã. Se você acredita nessa doutrina de demônios, pare hoje. Abandone essas práticas agora. E volte a professar o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo. Enquanto essas mentiras invadiam apenas rincões reconhecidamente neopentecostais, onde quem entra já sabe o que esperar, a gente até entende. Mas quando um representante de uma das mais tradicionais e bíblicas denominações do país, como a Assembleia de Deus, que está na TV, é visto como um semideus por milhares de pessoas e que inclusive está fazendo acordos com a TV Globo para organizar festivais de “louvor” abraça esse pensamento de Nova Era, satânico, elaborado nas profundezas do inferno e começa a pregar aos quatro ventos, chamando de “trouxa” quem oferta por amor e de “idiota” quem se opõe a essa doutrina de demônios… é hora de levantar a bandeira vermelha. É sinal de que a coisa está feia. Feia e cheirando mal.
Mamom – que, em primeira análise, é Satanás – está conquistando adeptos. E eles seguem, achando que estão a serviço de Jesus. É hora de despertar e dizer NÃO a essas Demonologias infiltradas nas pregações e nos programas daqueles que, um dia, já serviram o Deus Altíssimo. Não assista a esses programas, meu irmão. Não doe dinheiro a essas organizações. Mantenha suas ofertas na sua igreja local. Quer doar? Apadrinhe uma criança pela Visão Mundial, uma organização cristã séria. E pare de acreditar em absurdos teológicos e bíblicos que são pregados em nome de Jesus. Por amor a Cristo e a sua própria alma. Afinal, o Jesus da Teologia da Prosperidade não é o Jesus da Bíblia. É um ídolo. E quem deposita sua fé em ídolos não tem a fé que salva. Então o que está em jogo aqui é mais do que o seu dinheiro: é o destino eterno da sua alma.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
 
Retirado de : http://apenas1.wordpress.com/2012/01/31/a-demonologia-da-prosperidade/

Idolatria, Idolatria , Idolatria...


Por Maurício Zágari



É inegável o fenômeno que existe hoje em dia na Igreja brasileira da idolatria a certos pastores ou artistas. Os que os idolatram vão dizer que não, que apenas os admiram, tomam como exemplo ou coisa parecida. Mas se você for analisar a fundo o relacionamento de multidões com essas figuras verá que os idólatras de celebridades gospel têm uma coisa em comum: põem o objeto de sua idolatria acima do bem e do mal: não admitem que os critiquemos, não admitem que se discorde deles, se alguém fala algo contrário ao que os tais dizem seus fãs partem numa defesa altamente aguerrida de seus ídolos e aquilo que os ídolos dizem torna-se lei para eles. Então pode-se usar a semântica e jogos de palavras para se negar o fato, mas a verdade é que sim: esse comportamento denuncia o bom e velho pecado da idolatria. Só que praticado por cristãos no que se refere a outros seres humanos.




Tendo ficado claro isso, passamos à pergunta: por que existe essa idolatria? Vamos refletir um pouco sobre essa questão. Espero que ao final desse texto você possa olhar para dentro de si e, se for o caso, se perguntar “Afinal, por que idolatro pastores e artistas gospel?”. E, ao ver o absurdo bíblico que é isso, mude de comportamento e passe a enxergar tais pessoas pecadoras como elas são: pessoas pecadoras, como eu e você. E se identificar erros em seus ensinos, letras de música, comportamentos ou teologias, possa abandonar aquilo que transmitem e buscar a sã doutrina em outros arraiais.


A primeira explicação dessa idolatria é a mais triste de todas: falta de intimidade com Deus. Muitos começam a frequentar a igreja (convertidos ou achando que foram convertidos) e passam a cumprir a cartilha tradicional de comportamento cristão (vão aos cultos, ouvem só “música cristã”, usam jargões da igreja, assumem um visual de crentes, colam adesivos com versículos bíblicos no automóvel, entre outras coisas) e por isso acham que estão vivendo a fé em sua plenitude. Mas, infelizmente, apesar de cumprir todos esses itens, não têm intimidade com Deus. De fato não o conhecem. Conhecem superficialmente a Bíblia, a entendem puerilmente, pouco ou nada oram fora da igreja ou nas comunidades eclesiásticas que frequentam, não praticam disciplinas espirituais e, por isso, não desenvolveram um relacionamento íntimo com Jesus. Sua relação é superficial.
Com isso, por não conhecer Deus profundamente, praticam o que Freud chamou de “transferência”: transferem para certas pessoas a imagem que têm do que seria Deus em sua opinião. É comum isso acontecer com novos convertidos e seus pastores: os sacerdotes são vistos como o que há de mais divino. É por isso, por exemplo, que, quando um néscio vê um pastor num mau dia, se decepciona com a igreja e se desvia ou desigreja: não entende que o pastor não é Deus e que o Senhor não tem culpa se um sacerdote – tão humano como eu e você – o decepciona.
O mesmo ocorre com artistas. O irmão sem intimidade com Deus vê aquela pessoa no palco com toda a aparência de devoção, levantando as mãos, falando em tom de voz choroso entre as músicas frases feitas de louvor a Deus, clichês de “ministração” que sabem que dá certo, apertando os olhos…parecem estar em alfa. E pensam: “Esse aí é de Deus!”. Muitas e muitas vezes é apenas uma forma teatral de se apresentar, sem nenhuma devocionalidade real, mas o irmão sem intimidade com o Altíssimo aplica o processo inconsciente de transferência e passa a enxergar naquele cantor ou cantora o supra sumo do que seria a santidade. Passa a deificar tal pessoa. E aí já era: diga-se qualquer verdade desabonadora sobre tal celebridade que os olhos, ouvidos e coração do fã estarão blindados e lacrados para isso. Afinal, ninguém admite que se critique seus ídolos: sejam eles de gesso ou de carne e osso.

A segunda explicação é: a cultura de celebridades em que vivemos. Esse fenômeno é milenar. Muitos vinham de longe para estudar com Platão ou Aristóteles, na Grécia Antiga. Muitos eram fãs de seus gladiadores prediletos nas lutas do Coliseu. E assim foi, ao longo dos séculos, até que Hollywood soube explorar a tendência natural dos humanos em deificar outros para faturar seus milhões. A indústria do cinema, visando ao lucro, criou o chamado star system (algo como “sistema de astros”), que funciona muito bem, obrigado, até hoje. Tem como forma de agir promover atores e diretores para que o público se torne seus fãs e passe a assistir a um filme não pela história ou outra razão qualquer, mas apenas porque seu astro preferido está atuando. Você mesmo, quantas vezes não assistiu a um longa-mertragem porque “é o mais recente filme de George Clooney” ou “a nova produção de Steven Spielberg”?
E os cristãos não estão isentos disso, pois são humanos. Então têm a tendência natural de fidelizar-se a certos indivíduos. No meio artístico isso é visibilíssimo: basta você criticar a cantora que rasteja como um leão no palco ou que vai a programas de TV em emissoras anticristãs para vender mais CDs e logo multidões de fãs ardorosos daquela semideusa partirão com dentes e unhas afiados contra você, em defesa daquela que “afinal, está fazendo alguma coisa” ou que “prega o Evangelho a tempo e fora de tempo”. São tão cegos em sua idolatria que não conseguem nem ao menos cogitar que aquela diva pode muito bem estar fazendo aquilo só pra faturar uns bons trocados. Esse é um dos males da idolatria: ela cega os idólatras.

Com pastores e teólogos idem. É só você se tornar fã de uma dessas celebridades que não adianta nada alguém mostrar por A+B que o que ele ensina é heresia ou que suas motivações são mercadológicas ou escusas: o idólatra de pastores não te ouvirá. Em São Paulo há um pastor que usa mais poesia que Bíblia para pregar, que chamou os irmãos calvinistas de “malditos”, que rompeu com o movimento evangélico mas continua assinando seus artigos com um dos 5 solas dos evangélicos (Soli Deo Gloria), que afirma que Deus abriu mão de sua soberania e criou sua tresloucada Teologia Relacional, que elogia Rudolf Bultmann (teólogo que afirmou que a Bíblia é um aglomerado de mitos), que é a favor do casamento gay e que recentemente soltou a última pérola: Jesus não é o único caminho para o Céu. A vontade que dá é pedir pelo amor de Deus que alguém ponha uma silver tape em sua boca, de tão herege que ele se tornou, mas sua legião de seguidores idólatras o defende furiosamente (afinal ele fala de amor e é tão poético!) e estão cegos para as doutrinas de demônios que ensina.
Há o cavalheiro que coordena a pós-graduação de uma faculdade em São Paulo e que tuíta coisas tão lindas! Mas diz que Deus não controla forças da natureza, que isso é um conceito grego e não cristão, afinal o Evangelho “é relacional”. Meu Deus, quantos alunos esse homem não está estragando! Seu liberalismo teológico satânico vem influenciando os incautos da internet, que replicam furiosamente seus escritos heréticos. Soube que até a revista Cristianismo Hoje vai entrevistá-lo. Meus Deus…
Há o pastor que caiu em adultério, não se arrependeu, casou-se com uma terceira e obviamente não recebeu a bênção da Igreja por sua conduta – e começou a usar a web como seu púlpito principal, arrebanhando em especial os jovens que não viveram a sua época de ouro e não viram o que ele era e no que se tornou. E suas bobagens, como que não precisamos mais dar dízimo (algo que o sustentou muitos anos enquanto era pastor presbiteriano mas que agora que é um desigrejado condena, vingativamente), contaminam suas multidões de idólatras. Chama pastores sérios, homens de Deus, de “bundões” em seu programa de web, mas diz que ensina o caminho da graça. Sua postura, porém, é a coisa menos graciosa que há. Mas é o ídolo dos revoltados e dos desigrejados.
Há o herege mais terrível da TV evangélica, o telepastor com problemas graves de domínio próprio que em seu programa de TV grita, esbraveja, vende os produtos de sua editora e cospe em berros contra os que o criticam. Ensina a demoníaca, antibíblica e anticristã Teologia da Prosperidade. Mas tem batalhões de seguidores, que o idolatram cegamente, diga você o que diga. Promoveu a unção diabólica dos 900 reais, coisa que bastaria para afundar o ministério de qualquer pastor que tivesse seguidores pensantes, mas como é ídolo de massas que não pensam e se ajoelham perante qualquer absurdo que ele proponha, sai incólume de suas propostas bizarras e infernais. Resultado: a compra de um jato particular e passeios de limusine (fotos). Para o Reino de Deus? Nada. Outro dia fui a um casamento em uma igreja da denominação a que ele pertenceu antes de fundar a sua própria e ouvi de membros que ali estava sendo imitado o que ele faz pois, afinal, “dá certo”. Quase chorei quando escutei isso.
Há os mais conhecidos neopentecostais, com suas emissoras de TV, seus exorcismos, sua guerra por dizimistas e suas heresias. Mas sobre esses você já sabe tudo. Os mais conhecidos começaram a caminhada de fé numa igreja séria, a Igreja Cristã Nova Vida, e quando propuseram ao seu líder, Bispo Roberto McAlister, que os deixassem fazer na denominação um culto nos padrões dos que fazem hoje e ele não concordou abandonaram a denominação e fundaram sua própria igreja. Virou esse império do mal que é hoje – e ainda o pobre Bispo Roberto ficou conhecido, sem culpa, como o “pai dos neopentecostais”. Mas é um império com milhares de seguidores que dizem amém a qualquer campanha doida que seu ídolo bispo (ou missionário ou sei lá mais o quê) proponha. E seus clones estão seguindo pelo mesmo caminho.
Há outros de menor expressão, mas sempre sobrevivendo sob o mesmo conceito: idolatria de pessoas sem intimidade com Deus, entregues a um sistema que deifica homens e faz deles celebridades e, assim, enchem seus bolsos, destilam seu veneno herético e arrebentam homens e mulheres que tudo o que buscam… é o Evangelho simples de Jesus Cristo.
Sobre os artistas é até difícil falar. Tem o que saiu da sala da diretora da gravadora berrando palavrões porque não conseguiu o contrato como queria. Tem a ídola (não tem “bispa”? Então por favor permita-me inventar essa palavra) teen, que se atraca com músicos nas madrugadas de gravação de seus CDs “ungidos”. Tem a famosa cantora devassa que faz apelos de altar magníficos em seus shows. Tem os ministérios que se prostituem com empresas do mundo. Tem de tudo, meu irmão, minha irmã.
E o que mantém essa máquina funcionando? Idolatria.
Querido, querida, sei que você deve estar de queixo caído por coisas que escrevi aqui. E que caia. Porque a coisa está feia. Quando você diz no seminário em que dá aula há anos que a unção dos 900 reais é demoníaca e é repreendido pela direção da instituição por ter dito isso…é porque o sistema está falido mesmo, como diz Walter Mcalister no livro “O Fim de Uma Era”. Levantamos bezerros de ouro e amamos! Olhamos para homens de carne e osso, mulheres normais e achamos que eles são ungidíssimos, santíssimos e que veem Deus face a face. Mas mal sabemos nós a podridão dos bastidores.


Precisamos olhar para Deus. Olhe para Deus. Basta de ficar deificando homens. Basta dessa idolatria cega, que tem destruído vidas e afastado multidões do caminho da vida eterna. Não dê ouvidos a essas vozes que têm aparência de piedade mas por dentro são sepulcros caiados. Chega dos poetas. Chega dos artistas. Chega dos telepastores. Chega dos vaidosos, gananciosos e lobos em pele de cordeiro. Vamos voltar à simplicidade. Abandone a fama – e os famosos. Entenda, meu irmão, minha irmã: ser famoso não quer dizer absolutamente nada. Não torna biblicas as heresias que o famoso diz. Não torna suas ideias cristãs. Celebridade não é atestado de correção bíblica, de boas intenções ou de vida com Deus. Se fosse assim, todo participante do Big Brother Brasil seria o mais santo dos homens. Muitos famosos que falam lindamente sobre amor, a fé e a graça ensinam doutrinas tão demoníacas que chega a ser difícil crer que alguém que passou por um processo sólido de discipulado acredite em suas loucuras. Esqueça os outros. Olhe para a sua vida. Quem você idolatra? Que sacerdote famoso você não admite que critiquem? De quem são as ideias e teologias que você vive repetindo, retuitando ou compartilhando nas redes sociais? Que cantor ou cantora “gospel” você põe acima do bem e do mal? De quem são os shows que você “não pode perder”?
Conseguiu detectar? Agora, faça um favor a sua alma: esqueça essas pessoas… e olhe somente para a Cruz. Olhe para a Cruz e chore pelo estado calamitoso que vive a Igreja brasileira, cheia de ídolos e idólatras. Se você estiver entre os idólatras, irmão, irmã, comece a fugir dos bezerros de ouro e prostre-se aos pés do Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo. Com simplicidade, sem raio laser, sem púlpitos nababescos, sem máquina de fumaça, sem dançarinas no palco ou videocasts charmosos na Internet.
Pois tudo o que importa é um homem pregado numa Cruz, pingando sangue, dor e amor por você.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.