I TM 4:116

Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem. 1 TM 4:16

segunda-feira, 19 de março de 2012

A Bíblia e a bebida alcoólica

Aos crentes da modernidade, ou melhor à turma do "não tem nada a ver", eu trouxe uma breve analogia a respeito do alcool, pois pra quem não sabe, esse é um assunto defendido por muitos ditos cristãos, inclusive até citam o texto em que Jesus transforma água em vinho. Não custa nada ler um pouquinho e colocar a cabecinha pra pensar, aliás se realmente for um cristão terá ao menos o desejo de mudar de vida e se adequar ao que verdadeiramente agrada ao Senhor. Em relatos de pessoas que já visitaram igrejas ou moraram nos EUA, pude perceber que lá essaprática é normal e aqui infelizmente não está sendo diferente. Leia, reflita e passe a diante.

Às vezes parece difícil saber ao certo que postura o cristão deve tomar diante das bebidas alcoólicas. De um lado, acham-se muitos textos que parecem incentivar a abstinência, mas, por outro lado, há trechos em que Jesus transformou a água em vinho, bebeu vinho etc. Qual é o ensino das Escrituras acerca do uso do álcool?
Para entendermos esse assunto corretamente, é necessário começar com uma postura adequada. Devemos descartar as idéias preconcebidas e não procurar encaixar as Escrituras à força na posição que preferimos ou já concluímos ser a mais correta. Precisamos tratar da questão com a mente aberta e tentando apenas descobrir o que a Palavra de Deus ensina sobre o assunto. Este artigo tratará de vários aspectos das Escrituras e, somente após de analisarmos vários textos e conceitos, chegaremos em uma conclusão sobre o cristão e as bebidas alcoólicas.
Quando ler esses trechos que mencionaremos, procure entender cada um por vez, mas aguarde para só no fim do estudo formular uma conclusão que poe em conta todos os aspectos em questão.

Analise vários textos

Esses textos serão citados com poucos comentários. Estude cada um e analise com cuidado o seu significado.
"O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio" (Provérbios 20:1).
O sábio mostra que há um perigo no vinho e que ele é enganador.
"Ouve, filho meu, e sê sabio; guia retamente no caminho o teu coração. Não estejas entre os bebedores de vinho nem entre os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência vestirá de trapos o homem" (Provérbios 23:19-21).
"Para quem são os ais? Para quem, os pesares? Para quem, as rixas? Para quem, as queixas? Para quem, as feridas sem causa? E para quem, os olhos vermelhos? Para os que se demoram em beber vinho, para os que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. Pois ao cabo morderá como a cobra e picará como o basilisco. Os teus olhos verão cousas esquisitas, e o teu coração falará perversidades. Serás como o que se deita no meio do mar e como o que se deita no alto do mastro e dirás: Espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e não o senti; quando despertarei? Então tornarei e beber" (Provérbios 23:29-35).
Que cena patética a do homem que se deixou vencer pelo álcool.
"Palavras do rei Lemuel, de Massá, as quais lhe ensinou sua mãe. Que ti direi, filho meu? Ó filho do meu ventre? Que ti direi, ó filho dos meus votos? Não dês às mulheres a tua força, nem os teus caminhos, às que destroem os reis. Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte. Para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os aflitos. Dai bebida forte aos que perecem e vinho, aos amargurados de espírito; para que bebam e se esqueçam da sua pobreza, e de suas fadigas não se lembrem mais" (Provérbios 31:1-7).
O vinho não serve para os reis, mas sim para os que não têm nada por que viverem.
"Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice e continuam até alta noite, até que o vinho os esquenta!" (Isaías 5:11).
"Ai dos que são heróis para beber vinho e valentes para misturar bebida forte" (Isaías 5:22).
"O Senhor derramou no coração deles um espírito estonteante; eles fizeram estontear o Egito em toda a sua obra, como o bêbado quando cambaleia no seu vômito." (Isaías 19:14).
"Mas também estes cambaleiam por causa do vinho e não podem ter-se em pé por causa da bebida forte; o sacerdote e o profeta cambaleiam por causa da bebida forte, são vencidos pelo vinho, não podem ter-se em pé por causa da bebida forte; erram na visão, tropeçam no juízo. Porque todas as mesas estão cheias de vômitos, e não há lugar sem imundícia" (Isaías 28:7-8).
Junto com a vergonha da embriaguez, as Escrituras geralmente frisam o efeito causado sobre a mente. Quando sacerdotes, profetas e juízes bebem, eles desviam os homens de Deus. O texto a seguir ressalta o mesmo pensamento:
"A sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento" (Oséias 4:11).
"Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro, misturando à bebida o seu furor, e que o embebeda para lhe contemplar as vergonhas! Serás farto de opróbrio em vez de honra; bebe tu também e exibe a tua incircuncisão; chegará a tua vez de tomares o cálice da mão direita do SENHOR, e ignomínia cairá sobre a tua glória" (Habacuque 2:15-16).
"Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus." (1 Coríntios 6:9-10).
"Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenções, facções, invejas, bebedices, glutonarias e cousas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais cousas praticam" (Gálatas 5:19-21).
"Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andando em dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias. Por isso, difamando-vos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão" (1 Pedro 4:3-4).
A embriaguez é um pecado muitas vezes condenado.

Analise a História

A bebida forte tem um passado sórdido. O justo Noé caiu por causa do vinho:
"Bebendo do vinho, embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda" (Gênesis 9:21).
Parece que a bebida alcoólica influencia a pessoa para fazer o que jamais faria se estivesse sóbria. Quando as filhas de Ló desejaram ter filhos do pai, elas o embrigaram e depois o procuraram. O álcool em si não estimulou a concepção, mas elas sabiam que Ló ficaria muito mais passível de cometer essa imoralidade se estivesse bêbado.
"Subiu Ló de Zoar e habitou no monte, ele e suas duas filhas, porque receavam permanecer em Zoar; e habitou numa caverna, e com ele as duas filhas. Então, a primogênita disse à mais moça: Nosso pai está velho, e não há homem na terra que venha unir-se conosco, segundo o costume de toda terra. Vem, façamo-lo beber vinho, deitemo-nos com ele e conservemos a descendência de nosso pai. Naquela noite, pois, deram a beber vinho a seu pai, e, entrando a primogênita, se deitou com ele, sem que ele o notasse, nem quando ela se deitou, nem quando se levantou. No dia seguinte, disse a primogênita à mais nova: Deitei-me, ontem, à noite, com o meu pai. Demos-lhe a beber vinho também esta noite; entra e deita-te com ele, para que preservemos a descendência de nosso pai. De novo, pois, deram aquela noite, a beber vinho a seu pai, e, entrando a mais nova, se deitou com ele, sem que ele o notasse, nem quando ela se deitou, nem quando se levantou. E assim as duas filhas de Ló conceberam do próprio pai" (Gênesis 19:30-36).

Absalão decidiu matar Amnom enquanto este bebia, talvez por crer que ele seria menos capaz de se defender se estivesse num estado um tanto inebriado:
"Absalão deu ordem aos seus moços, dizendo: Tomai sentido; quando o coração de Amnom estiver alegre de vinho, e eu vos disser: Feri a Amnom, então, o matareis. Não temais, pois não sou eu quem vo-lo ordena? Sede fortes e valentes" (2 Samuel 13:28).
Um dos pecados de Belsazar, na noite em que viu a mão na parede e em que seu reino foi tomado, foi o fato de estar bebendo:
"Beberam o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra" (Daniel 5:4).

Analise a palavra vinho na Bíblia

O termo vinho na Bíblia tem vários significados. Nos textos acima, está claro que a palavra se refere à bebida alcoólica. Mas, em outras ocasiões, significa suco de uva. Examine, por exemplo, Lucas 5:36-38:
"Também lhes disse uma parábola: Ninguém tira um pedaço de veste nova e o põe em veste velha; pois rasgará a nova, e o remendo da nova não se ajustará à velha. E ninguém põe vinho novo em odres velhos, pois o vinho novo romperá os odres; entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão. Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em odres novos." Lucas 5.36-38
O vinho novo nesse texto diz respeito ao suco de uva fresco. A idéia é que quando o suco é posto nos odres, ele aumenta durante o processo de fermentação. Se colocado em odres velhos que já estão esticados, estes se romperão. É um fato geralmente aceito, como mostra claramente esse texto, que o vinho na Bíblia nem sempre era alcoólico. Talvez as nossas palavras beber e bebida possam ser um bom exemplo da mesma duplicidade de sentido. Dependendo do contexto, beber pode certamente estar relacionado com bebidas alcoólicas ou apenas significar a ingestão de algum líquido qualquer.
É muito importante lembrarmos desse sentido duplo da palavra vinho. Em João 2, Jesus transformou perto de 600 litros de água em vinho. Fez isso depois que os convidados da festa "beberam fartamente". Jesus fez vinho suco de uva ou vinho alcoólico? Lembre-se que as duas coisas são possíveis tendo em vista a própria definição do termo vinho. Mas há duas considerações que nos levam a crer firmemente que se tratava de suco e não de bebida alcoólica. Em primeiro lugar, Jesus o fez na hora. No primeiro momento em que o vinho daquela época era produzido, ele era suco. Somente após um processo de envelhecimento e de fermentação é que se tornava alcoólico. Em segundo lugar, o que é mais importante, se Jesus tivesse feito vinho alcoólico, ele teria estado incentivando a embriaguez. A questão aqui não é um ou dois copos de vinho. Essas pessoas, após já terem bebido muito, receberam mais umas centenas de litros. Jesus jamais incentivou os pecados do homem, tampouco contribuiu para eles. Portanto, parece claro que esse vinho era do tipo não-alcoólico.
É também útil entender algumas coisas sobre os vinhos alcoólicos das terras bíblicas. Naquela época, só havia fermentação natural. Eles ainda não tinham inventado a tecnologia para acrescentar mais álcool às bebidas fermentadas por processo natural. Isso significa que o mais alcoólico dos vinhos da Palestina tinha cerca de 8% de álcool. Pela lei, esses vinhos eram diluídos em água, normalmente três ou quatro partes de água para uma parte de vinho. Esses vinhos fracos, enfraquecidos mais ainda pela adição de enormes quantidades de água, passaram a ser usados como bebidas para acompanhar as refeições. Não eram usados como bebidas, mas apenas como se usa um copo de água ou uma xícara de café que se bebe com a refeição. Vários textos bíblicos parecem apontar para esse uso do vinho --como uma bebida para acompanhar as refeições (observe 1 Timóteo 3:3, 8; Tito 1:7; Mateus 11:18-19).

Analise algumas conclusões

Provérbios 23, já citado, condena o uso do vinho "vermelho" que brilha no copo. O tipo de bebidas alcoólicas usado em nossa sociedade é o mesmo tipo sistematicamente condenado na Bíblia. Jamais fiquei sabendo de alguém que tomasse um pequeno copo de vinho fraco diluído na proporção 4:1 de água como acompanhamento de uma refeição. Os vinhos, as cervejas e os licores de hoje enquadram-se na categoria de bebida forte, e nenhum texto sequer pode ser encontrado na Bíblia que permita que sejam consumidos por um filho de Deus.
  • Paulo estimulou a Timóteo de modo especial para que tomasse "um pouco de vinho" por questões de saúde (1 Timóteo 5:23). Às vezes se usa esse texto para mostrar que é possível beber. Mas, de fato, o que ele faz é justamente o oposto. Se Timóteo tivesse tido o hábito de beber uma cerveja aqui e ali, por que precisou que Paulo lhe desse uma permissão especial para usar um pouco de vinho como remédio? Esse texto nos leva à conclusão de que o uso de álcool pelo cristão deve ser uma exceção, não uma regra. Muitos remédios de nossos dias contêm álcool ou outras drogas intoxicantes. O discípulo de Cristo deve ser muito cuidadoso com eles e usá-los apenas com muita moderação. O fato de que uma exceção precisou ser dada para permitir o uso de remédios com teor alcoólico sugere que é errado beber por prazer.
  • O servo de Cristo deve sempre analisar o efeito de seus atos sobre o próximo: "É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra cousa com que teu irmão venha a tropeçar" (Romanos 14:21). Mesmo que o cristão pudesse beber moderadamente, de qualquer modo esse texto ainda o estaria proibindo na maioria dos casos. A bebida alcoólica leva tantos cristãos a cair, que aquele que tenta ajudar o seu irmão a não tropeçar certamente não lhe dará o exemplo, bebendo diante dele.
  • A Bíblia sistematicamente exige que sejamos sóbrios (leia com cuidado 1 Tessalonicenses 5:6; 2 Timóteo 4:5; 1Pedro 4:7; 5:8). Entre as primeiras conseqüências da bebida são a ausência de inibições, o enfraquecimento do autocontrole, a falta de juízo. Essas conseqüências ocorrem bem antes da pessoa começar a perder o controle das habilidades motoras, a falar arrastadamente etc. O diabo está sempre procurando-nos tentar; para enfrentar a essas tentações, o filho de Deus deve estar profundamente alerto e sóbrio em todo tempo.
Embora não fosse possível afirmar, com base nas Escrituras, que ingerir qualquer quantidade de álcool por qualquer motivo é sempre pecado, parece claro que o servo de Deus não será alguém que simplesmente bebe canecas de cerveja ou taças de vinho. O beber socialmente que vemos hoje em dia é o tipo condenado em muitos textos das Escrituras.
O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio" (Pròverbios 20:1).

Autor: Gary Fisher
Enviado por Pr. Leoberto Negreiros

domingo, 18 de março de 2012

Mensagem aos jovens

Por Pr. Paulo Jr.

“Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento.” (Ec. 12.1)
Quero trazer uma mensagem voltada para os jovens cristãos, pois sabemos que os jovens são a grande força e o futuro da Igreja, como também o futuro das demais áreas a serem ocupadas na sociedade.
O que Salomão está nos ensinando através dessa passagem? Ele diz: “lembra do teu Criador nos dias da tua mocidade…” Está querendo expressar que o período da nossa vida onde temos maior disposição, energia, vigor, no qual estamos no auge da condição física, é o tempo da juventude.
Sabemos que um jovem quando determina fazer algo e coloca isso na sua cabeça, ninguém pode barrá-lo ou impeli-lo; ele não mede esforços para conquistar ou pôr em prática seus planos. E o versículo ensina que é nesse momento da vida de um homem, na juventude, tempo de toda essa disposição, que devemos gastá-lo com Deus. Lançar toda essa energia e determinação nas coisas de Deus e na sua Palavra. Essa deveria ser a principal meta da juventude cristã: adquirir bagagem, conhecimento de Deus, experiências com Ele, adquirir profundo conhecimento bíblico, gastar horas em oração, começar a desenvolver um ministério, crescer à imagem de Cristo, ser um autêntico discípulo dele. Mas não é isso que tem acontecido com a juventude moderna. Eles estão envolvidos em inúmeras situações que não estão totalmente voltadas para Deus, tais como:

Namoro Precoce... 

Quantos cristãos estão gastando sua vida e depositando todos os seus sentimentos em um relacionamento, que na maioria dos casos está fora da direção de Deus, da aprovação dos pais e fora do tempo certo, tornando esses jovens dependentes desse relacionamento. Eles investem toda a força no relacionamento, o que muitas vezes prejudica suas demais áreas da vida como: rendimento escolar, trabalho, relacionamento com outras pessoas e principalmente prejudica o relacionamento com Deus, a comunhão com o Espírito Santo e a identificação com as Escrituras, pois este tipo de jovem não tem tempo, nem coração pronto para isso.
Tudo em sua vida está voltado para o relacionamento. São as chamadas paixões e romances juvenis, que em muitas partes têm sido apoiadas pelas “igrejas modernas”, que patrocinam encontros juvenis e até encontros de casais solteiros, estimulando o jovem a gastar sua juventude atrás de um relacionamento e não de Deus.
Um relacionamento cristão não pode ser como o relacionamento ímpio, nem como a cultura ímpia! Temos a mente de Cristo e devemos seguir uma cultura bíblica, deve-se ter uma preparação para iniciar o relacionamento, devem haver condições para que um relacionamento seja sustentando.
Veja o que a Bíblia diz em Gn. 2.24: “Portanto deixará o homem seu pai e sua mãe, e apegar-se-à à sua mulher…” Preste atenção no padrão bíblico: não diz deixará o “menino” sua mãe… deixará o “adolescente” sua mãe… A Palavra diz: “deixará o homem”. Alguém maduro, capaz de sustentar emocional e financeiramente um relacionamento, uma pessoa preparada para um futuro matrimônio. É isso que a Bíblia ensina sobre namoro: o namoro só deve se iniciar quando o casal tem a intenção do matrimônio, e juntamente com a intenção, deve haver uma mínima condição do matrimônio. O que sair disso é apenas lascívia, satisfação da carne para ambos. Isso é pecado. Se não há propósito do matrimônio, o namoro não é bíblico nem é abençoado por Deus!

Festas Gospel...

Querem inventar um tipo de evangelho para cada classe de cristão. Nesse caso um evangelho para jovens. Já que a maioria desses ministérios não confiam no poder do Espírito Santo e na Sua capacidade de convencer o pecador, nem são capazes de atrair os jovens pela pregação do Evangelho. Assim, trazem formas alternativas de atrair os jovens, como as “festas gospel”, fazendo disso um ministério, usando camisas coloridas, frases fortes e até “cara-pintada”, dizendo: “somos jovens cristãos radicais”.
Ao invés desses jovens estarem crescendo em conformidade com o caráter de Cristo, estão envolvidos e gastando suas energias nessas atividades, satisfazendo a carne em “festas” que não promovem a santificação e a edificação de nenhum jovem. O único propósito desses eventos é a satisfação pessoal. E aquilo que os jovens não poderiam fazer no mundo, eles estão fazendo dentro da Igreja, e ainda com titulo de “ministério jovem”. Não vejo nada de radical nessas “festas”, nada de extravagante, nem vejo uma maneira do jovem estar cumprindo o que está escrito em Eclesiastes 12.1: gastar sua vida com Cristo.
Não existe um tipo de Evangelho para cada classe de cristão, o evangelho se estende para todas as pessoas de todas as classes, sexos e idade. Não temos que reinventar o Evangelho e trazer formas mundanas para atrair pessoas e mantê-las na Igreja, pois isso não é bíblico, não tem a aprovação de Deus.
Muitas pessoas usam o trecho no qual Davi aparece pulando diante da arca (1Cr. 15:25-29) para apoiar essa “doutrina gospel” e dizem que essas “festas” simbolizam a nossa alegria, “que temos que ser alegres”… Desculpe mas você deve estudar a Bíblia: 1º – Davi estava saltando diante da arca – que é a personificação da presença de Deus – com santidade, reverência e temor!
Entretanto não é isso o que acontece nessas “festas”: as danças e pulos são carnais, dão satisfação e prazer carnal e ninguém ali esta pulando diante da arca, pois ela não e nunca estará presente nessas festas. 2º – Temos sim que ser alegres todo o tempo (Fp. 4.4), mas a nossa alegria vem do cumprimento bíblico, vem da obediência a Cristo, ela é fruto do Espírito Santo e esse fruto (alegria) só vem mediante a santidade, pois o Espírito que libera o fruto é “SANTO” e não há santidade alguma nessas festas, nem qualquer sujeição às Escrituras… Como isso pode dar alegria a um crente genuíno?

Jovens cristãos  radicais…

Você acha que isso é ser um jovem cristão radical: promover festas, pintar a cara, participar de acampamentos extravagantes? Isso não é o radical bíblico! Jovens radicais como a Bíblia ensina é ser como Estevão, como “o jovem Estevão”. A Bíblia narra que “Deus fazia prodígios (At. 6.8) pelas suas mãos”. Você já parou para estudar o que significa a palavra “prodígio”? São milagres, coisas inexplicáveis, escândalos! Estevão virou sua geração de pernas para o ar: pregando o Evangelho, ganhando almas, não vivendo para si mesmo, não se perdendo em relacionamentos precoces, mas foi um jovem de profunda vida devocional com Deus, de entrega, de marcas, que chegou ao absurdo de ser o primeiro mártir da Igreja.
Veja o que Atos 7.56-60 narra a respeito desse jovem: “Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus. E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas capas aos pés de um jovem chamado Saulo. E apedrejaram a Estevão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes impute este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.”
E você continua achando que é um jovem extravagante, quando obedece a um líder de louvor que diz: “tira o pé do chão”? O que você faz obedecendo essas cosias não tem nada de extravagante. Dar “amassos” na sua namorada, usar as roupas que você usa, falar as cosias que você fala e fazer parte dessas “festas gospel” não tem nada de extravagante nem de radical! O jovem Estevão sim era radical, tendo feito tudo que fez em prol de Cristo, uma vida dedicada desde a juventude para Cristo e, quando foi apedrejado pelos seus piores inimigos disse: “Senhor não considere os pecados deles”.
Estevão estava querendo dizer: “mesmo nessa situação que estou passando eu os amo, quero vê-los na glória comigo. Perdoe eles. E dê a eles uma chance de receberem a Jesus e o precioso Evangelho do Cristo com quem eu vou me encontrar agora. Amém!

Os  jovens Sadraque, Mesaque e Abednego

Assim como Daniel, intentaram em seus corações não se contaminarem com os manjares do rei (Dn. 1:8-16). Note que atitude tremenda: quando todo um povo se deleitava com os manjares do rei, os prazeres, os benefícios da carne, a luxuria, o bem estar, a auto-satisfação, esses jovens nãonão se contaminaram – o que eles mostraram com isso? Que eram separados das práticas mundanas, eram santos! Santidade não é uma coisa que se vê hoje em dia no meio da juventude (separação do mundo).
Na atualidade, cada vez mais o jovem cristão é parecido com o mundo, com a sociedade mundana, não há diferença com os demais jovens mundanos, pois eles se vestem iguais, assistem a mesma coisa na TV, suas palavras são iguais, frequentam “quase” os mesmos lugares, ou seja, vivem se contaminando com as iguarias do rei e por estarem contaminados acabarão se dobrando ou até já se dobraram ao rei – ao deus desse século – prostrando-se diante da sua estátua (Dn. 3).
Mas Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, quando o edito real foi dado, dizendo “que todos deveriam adorar a estátua e que aquele que não a adorasse seria lançado no forno…”, o que eles fizeram? Preferiram ser queimados à traírem o seu Deus, à se dobrarem a um sistema ímpio e corrupto. Então, vendo que eles não se dobravam, o rei manda jogá-los na fornalha, sete vezes mais quente.
Oh! Meu querido, isso sim é ser radical, que coisa mais linda, que testemunho de fé, de entrega, que convicção ainda na sua juventude. Esses sim estavam gastando sua vida “nos dias da sua mocidade”, arriscando-a pela causa, pelo verdadeiro REI: O Senhor dos Exércitos! Não se importaram com a fornalha, nem com qualquer outra oposição, sendo lançados lá dentro.
É isso que a Igreja atual precisa, é desse tipo de jovens que a Igreja atual, que a Terra necessita: jovens ousados, intrépidos, que amam a Deus sobre todas as coisas, que não temem o rei, nem a fornalha e nunca se contaminarão com os seus manjares! E o final da passagem você já sabe: Jesus entrou e andou com eles na fornalha.
É isso que estou tentando dizer. Assim como esses jovens bíblicos e tantos outros, gaste sua juventude, use toda a sua força servindo a Jesus Cristo, obedecendo fielmente sua Palavra, adquira marcas, novas experiências a cada dia, cresça com homens mais velhos, como diz Provérbios 13.20. Faça visitas com eles em presídios, em hospitais, cultos familiares, siga seus conselhos, aprenda com sua reta conduta.
Esse é o tempo para que essas coisas aconteçam, tempo também de pregar o Evangelho, período no qual temos que ganhar o maior número possível de almas, pois temos disposição para ir e vir! A juventude é a época de abrir mão de muitas coisas, pois a maioria dos jovens são solteiros e podem dispor de tempo e recursos. Não hesite em pregar o Evangelho, a seara está madura: vá até ela, lance a preciosa semente, forme discípulos, crie um ministério pessoal… Quando você acha que vai ganhar almas? Quando você acha que vai ter disposição e tempo para caminhar com os discípulos até gerar Cristo neles, o que custará lhe muito? Quando você for mais velho? Quando for casado? Quando tiver filhos? Não, impossível!
A hora é agora, nos dias da sua mocidade. Vá meu filho, pois João escreveu: “jovens sois fortes” (1Jo. 2.14). Vá, Deus está adiante de você como um fogo consumidor, destruindo seus inimigos, quebrando as portas de ferro, os ferrolhos de bronze, alie à sua robustez, dinâmica, espontaneidade, o conhecimento bíblico e o poder do Espírito Santo, então ninguém irá te deter! Você poderá ser um novo profeta, um novo Elias desse tempo. Como eu disse: Vá!
Desenvolva também um relacionamento pessoal com Deus, tenha um ministério particular com Deus, quero dizer, uma vida devocional intocável. Cresça na comunhão, na intimidade, seja participante da natureza divina (2Pe. 1.4), pois então você se tornará um grande homem ou uma grande mulher de Deus. Eu sei que por ser jovem você está cheio de sonhos, planos e projetos futuros… Mas saiba: eles só se concretizarão segundo a vontade de Deus e Deus conhece cada um deles!
Tenho certeza que Ele colocará a própria vontade Dele em você e fará muitas vezes que a sua vontade automaticamente seja a Dele.
Seguindo todos esses passos teremos uma nação forte, uma sociedade honesta, uma Igreja poderosa e, principalmente, ministros do Evangelho com caráter, maduros, preparados e é isso que a Igreja atual mais necessita.
Esse de quem estou falando é você meu jovem, está tudo nas suas mãos. Que o Espírito Santo te convença e te leve a uma vida intensa com o Senhor e que você gaste toda ela na sua mocidade.
Paulo Junior

Ordenação de mulheres

     Atualmente no meio evangélico estamos vivendo tempos de grande divergência de idéias, algumas delas até heréticas, porém existem as heresias propagadas pela ignorância e aquelas que são para benefício próprio, esta ultima totalmente maldosa e hedionda. Eu particularmente prefiro tratar a primeira como divergência teológica, principalmente quando essas divergências não têm influencia na salvação, como por exemplo discutir sobre Luteranismo, Arminianismo e Cavinismo não alteram em nada o plano de salvação nem em conduta cristã.
     No tocante a ordenação de mulheres existem algumas linhas de pensamentos, as quais repito, trato como devergência teológica, embora respeite outras opiniões e, longe de mim desconsiderar tais mulheres que foram ordenadas, tenho minhas próprias convicções e aceito naturalmente quem de mim discorde, só não esperem me convencer facilmente.
     Em um dos blogs que leio encontrei uma carta fictícia escrita por Augustus Nicodemus Lopes que de uma forma alegórica traz alguns aspéctos a serem analizados. Este texto corrobora com o que já aprendi a respeitodo assunto em tela, veja na íntegra.

Minha esposa me falou do encontro casual que vocês duas tiveram no shopping semana passada. Ela estava muito feliz em rever você e relembrar os tempos do ginásio e da igreja que vocês frequentavam. Aí ela me contou que você foi consagrada pastora e depois bispa desta outra denominação que você tinha começado a frequentar.

Ela também me mostrou os e-mails que vocês trocaram sobre este assunto, em que você tenta justificar o fato de ser uma pastora e bispa, já que minha esposa tinha estranhado isto na conversa que vocês tiveram. Ela me pediu para ler e comentar seus argumentos e contra-argumentos. Não pretendo ofendê-la de maneira nenhuma – nem mesmo conheço você pessoalmente. Mas faço estes comentários para ver se de alguma forma posso ser útil na sua reflexão sobre o ter aceitado o cargo de pastora e de bispa.

Acho, para começar, que você ser bispa vem de uma atitude de sua comunidade para com as Escrituras, que equivale a considerá-la condicionada à visão patriarcal e machista da época. Ou seja, ela é nossa regra, mas não para todas as coisas. Ao rejeitar o ensinamento da Bíblia sobre liderança, adota-se outro parâmetro, que geralmente é o pensamento e o espírito da época.

E é claro, Evônia, que na nossa cultura a mulher – especialmente as inteligentes e dedicadas como você – ocupa todas as posições de liderança disponíveis, desde CEO de empresas a presidência da República – se a Dilma ganhar. Portanto, sem o ensinamento bíblico como âncora, nada mais natural que as igrejas também coloquem em sua liderança presbíteras, pastoras, bispas e apóstolas.

Mas, a pergunta que você tem que fazer, Evônia, é o que a Bíblia ensina sobre mulheres assumirem a liderança da igreja e se este ensino se aplica aos nossos dias. Não escondo a minha opinião. Para mim, a liderança da igreja foi entregue pelo Senhor Jesus e por seus apóstolos a homens cristãos qualificados. E este padrão, claramente encontrado na Bíblia, vale como norma para nossos dias, pois se baseia em princípios teológicos e não culturais. Reflita no seguinte.

1. Embora mulheres tenham sido juízas e profetisas (Jz 4.4; 2Re 22.14) em Israel nunca foram ungidas, consagradas e ordenadas como sacerdotisas, para cuidar do serviço sagrado, das coisas de Deus, conduzir o culto no templo e ensinar o povo de Deus, que eram as funções do sacerdote (Ml 2.7). Encontramos profetisas no Novo Testamento, como as filhas de Felipe (At 21.9; 1Co 11.5), mas não encontramos sacerdotisas, isto é, presbíteras, pastoras, bispas, apóstolas. Apelar à Débora e Hulda, como você fez em seu e-mail, prova somente que Deus pode usar mulheres para falar ao seu povo. Não prova que elas tenham que ser ordenadas.

2. Você disse à minha esposa que Jesus não escolheu mulheres para apóstolas porque ele não queria escandalizar a sociedade machista de sua época. Será, Evônia? O Senhor Jesus rompeu com vários paradigmas culturais de sua época. Ele falou com mulheres (Jo 8.10-11), inclusive com samaritanas (Jo 4.7), quebrou o sábado (Jo 5.18), as leis da dieta religiosa dos judeus (Mt 7.2), relacionou-se com gentios (Mt 4.15). Se ele achasse que era a coisa certa a fazer, certamente teria escolhido mulheres para constar entre os doze apóstolos que nomeou. Mas, não o fez, apesar de ter em sua companhia mulheres que o seguiam e serviam, como Maria Madalena, Marta e Maria sua irmã (Lc 8.1-2).

3. Por falar nisto, lembre também que os apóstolos, por sua vez, quando tiveram a chance de incluir uma mulher no círculo apostólico em lugar de Judas, escolheram um homem, Matias (At 1.26), mesmo que houvesse mulheres proeminentes na assembléia, como a própria Maria, mãe de Jesus (At 1.14-15) – que escolha mais lógica do que ela? E mais tarde, quando resolveram criar um grupo que cuidasse das viúvas da igreja, determinaram que fossem escolhidos sete homens, quando o natural e cultural seria supor que as viúvas seriam mais bem atendidas por outras mulheres (Atos 6.1-7).

4. Tem mais. Nas instruções que deram às igrejas sobre presbíteros e diáconos, os apóstolos determinaram que eles deveriam ser marido de uma só mulher e deveriam governar bem a casa deles – obviamente eles tinham em mente homens cristãos (1Tm 3.2,12; Tt 1.6) e não mulheres, ainda que capazes, piedosas e dedicadas, como você. E mesmo que reconhecessem o importante e crucial papel da mulher cristã no bom andamento das igrejas, não as colocaram na liderança das comunidades, proibindo que elas ensinassem com a autoridade que era própria do homem (1Tm 2.12), que participassem na inquirição dos profetas, o que poderia levar à aparência de que estavam exercendo autoridade sobre o homem (1Co 14.29-35). Eles também estabeleceram que o homem é o cabeça da mulher (1Co 11.3; Ef 5.23), uma analogia que claramente atribui ao homem o papel de liderança.

5. Você retrucou à minha esposa na troca de e-mails que nenhuma destas passagens se aplica hoje, pois são culturais. Mas, será, Evônia, que estas orientações foram resultado da influência da cultura patriarcalista e machista daquela época nos autores bíblicos? Tomemos Paulo, por exemplo. Será que ele era mesmo um machista, que tinha problemas com as mulheres e suspeitava que elas viviam constantemente tramando para assumir a liderança das igrejas que ele fundou, como você argumentou? Será que um machista deste tipo diria que as mulheres têm direito ao seu próprio marido, que elas têm direitos sexuais iguais ao homem, bem como o direito de separar-se quando o marido resolve abandoná-la? (1Co 7.2-4,15) Um machista determinaria que os homens deveriam amar a própria esposa como amavam a si mesmos? (Ef 5.28,33). Um machista se referiria a uma mulher admitindo que ela tinha sido sua protetora, como Paulo o faz com Febe (Rm 16.1-2)?

6. Agora, se Paulo foi realmente influenciado pela cultura de sua época ao proibir as mulheres de assumir a liderança das igrejas, o que me impede de pensar que a mesma coisa aconteceu quando ele ensinou, por exemplo, que o homossexualismo é uma distorção da natureza acarretada pelo abandono de Deus (Rm 1.24-28) e que os sodomitas e efeminados não herdarão o Reino de Deus (1Co 6.9-11)? Você defende também, Evônia, que estas passagens são culturais e que se Paulo vivesse hoje teria outra opinião sobre a homossexualidade? Pergunto isto pois em outras igrejas este argumento está sendo usado.

7. Tem mais, se você ainda tiver um tempinho para me ouvir. As alegações apostólicas não me soam culturais. Paulo argumenta que o homem é o cabeça da mulher a partir de um encadeamento hierárquico que tem início em Deus Pai, descendo pelo Filho, pelo homem e chegando até a mulher (1Co 11.3).[1] Este argumento me parece bem teológico, como aquele que faz uma analogia entre marido e mulher e Cristo e a igreja, “o marido é o cabeça da mulher como Cristo é o cabeça da igreja” (Ef 5.23). Não consigo imaginar uma analogia mais teológica do que esta para estabelecer a liderança masculina. E quando Paulo restringe a participação da mulher no ensino autoritativo –que é próprio do homem – argumenta a partir do relato da criação e da queda (1Tm 2.12-14).[2]

8. Você já deve ter percebido que para legitimar sua posição como bispa você teve que dar um jeito neste padrão de liderança exclusiva masculina que é claramente ensinado na Bíblia e na ausência de evidências de que mulheres assumiram esta liderança. Não tem como aceitar ser bispa e ao mesmo tempo manter que a Bíblia toda é a Palavra de Deus para nossos dias. E foi assim que você adotou esta postura de dizer que a liderança exclusiva masculina é resultado da cosmovisão patriarcal e machista dos autores do Antigo e Novo Testamentos, e que portanto não pode ser mais usada em nossos dias, quando os tempos mudaram, e as mulheres se emanciparam e passaram a assumir a liderança em todas as áreas da vida. Em outras palavras, como você mesmo confirmou em seu e-mail, a Bíblia é para você um livro culturalmente condicionado e só devemos aplicar dele aquelas partes que estão em harmonia e consenso com nossa própria cultura. Eu sei que você não disse isto com estas exatas palavras, mas a impressão que fica é que você considera a Bíblia como retrógrada e ultrapassada e que o modelo de liderança que ela ensina não serve de paradigma para a liderança moderna da Igreja de Cristo.

Quando se chega a este nível, então, para mim, a porta está aberta para a entrada de qualquer coisa que seja aceitável em nossa cultura, mesmo que seja condenada nas Escrituras. Como você poderá, como bispa, responder biblicamente aos jovens de sua igreja que disserem que o casamento está ultrapassado e que sexo antes do casamento é normal e mesmo o relacionamento homossexual? Como você vai orientar biblicamente aquele casal que acha normal terem casos fora do casamento, desde que estejam de acordo entre eles, e que acham que adultério é alguma coisa do passado?

Sabe Evônia, você e a sua comunidade não estão sozinhas nessa distorção. Na realidade esse pensamento é também popularizado por seminários de denominações tradicionais e professores de Bíblia que passaram a questionar a infalibilidade das Escrituras, utilizando o método histórico crítico, ensinando em sala de aula que Paulo e os demais autores do Novo Testamento foram influenciados pela visão patriarcal e machista do mundo da época deles. Só podia dar nisso... na hora que os pastores, presbíteros e as próprias igrejas relativizam o ensino das Escrituras, considerando-o preso ao séc. I e irremediavelmente condicionado à visão de mundo antiga, a igreja perde o referencial, o parâmetro, o norte, o prumo – e como ninguém vive sem estas coisas, elege a cultura como guia.

Termino reiterando meu apreço e respeito por você como mulher cristã e pedindo desculpas se não posso me dirigir a você, em nossa correspondência pessoal, como “bispa” Evônia. Espero que meus motivos tenham ficado claros.

Um abraço,


Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/#ixzz1pUL6vfMX


Evangelho da salvação ou da diversão???


     No dia 17/03/2012, no programa da Igreja Assembléia de Deus do Bom Retiro, exibido mais ou menos 9h da manhã pela Rede TV, onde o Pr. Jabes de Alencar anunciou o Brazilian Gospel Festival, onde estará pregando, junto com outros, e onde prometem “12 dias de muito louvor e adoração”.

Mas o vídeo da propaganda mostra bem o “louvor e adoração” que ocorrerá naquele lugar:
Realmente, 12 dias inesquecíveis. Finalmente, os cristãos abastados poderão curtir suas férias, e ainda achar que estão fazendo “pra Jesus”. Diversão sem culpa, e ainda com áurea de busca de santidade. E o resto que se exploda, afinal o dinheiro é meu e estou investindo na obra de “deus”.
Não somos contra crente tirar férias. Também não somos contra quem pode pagar ir para Orlando, ou Grécia, ou Egito, ou Afeganistão, se quiser. O que incomoda é usar o nome de Deus para justificar a ida a Orlando ou a qualquer lugar. Se o objetivo fosse evangelização, o festival ou seria um retiro, onde haveria só pregação e louvor, ou seria com passeios a áreas pobres ou não evangelizadas. A Lexus, que organiza o evento, claramente mostra  que a viagem inclui a ida aos parques temáticos e 4  tours de compras. Mais adoração a Mamom que isso, impossível.

Que evangelho é esse? Da salvação ou da diversão? não vejo semelhança alguma com o evangelho propagado por Jesus, os dicípulos ou até mesmo o apóstolo Paulo que teve uma importamte posição social e que se conjecturar-mos para os dias atuais, poderíamos incluí-lo no rol dos crentes abastados. Quero ver promover um evento desses na África, etiópia por exemplo, onde não traria qualquer tipo de vantagem pecuniária a esses mercadores da fé alheia.

Um dia, o Verdadeiro Deus cobrará desses pastores e artistas gospel pelas almas que ajudaram a levar para o inferno, através do ensino e prática da MALDITA Teologia da Prosperidade.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Vergonha dos jovens cristãos

Por Maurício Zágari



Desculpe se o título deste post é forte demais. Claro que não tenho vergonha de TODOS os nossos jovens cristãos. Mas preciso dizer uma verdade: se Jesus dependesse de uma enorme parcela dos jovens cristãos brasileiros dos nossos dias para cumprir a Grande Comissão, a mensagem do Evangelho morreria. Deixaria de ser divulgada. Porque olho em volta e o que vejo são muitos garotões e menininhas fúteis do ponto de vista espiritual, que se interessam em ir para a igreja por causa da festa. Para cantar, pular, gritar, encontrar amigos, namorar e comer uma pizza depois do culto dos jovens. Mas que nas suas escolas e faculdades, na sua vida familiar e no dia a dia vivem de modo tão inútil para o Reino de Deus como qualquer jovem não-cristão. E, perdoe-me pela dureza desse comentário: parece-me que uma enorme quantidade dos que frequentam os cultos de jovens não nasceram de novo. Não tiveram uma experiência real com Jesus de Nazaré, o Salvador. E vão para a igreja para pular, pular e pular… na presença de Deus?



Se você acha que minha visão é pessimista demais, pergunte aos jovens de sua igreja para quantas pessoas ao longo da última semana elas pregaram sobre o amor de Cristo. Quantas estão mais interessadas na eternidade do que no vestibular e na carreira? Quantas veem seus amigos indo para o inferno e choram por eles em oração noite após noite diante de Deus? Que sacrifícios estão dispostos a fazer por Cristo e pelos perdidos? Nossos jovens mal oram, mal conhecem o conteúdo das Escrituras, não há interesse por fazer um seminário teológico, não praticam as disciplinas espirituais, não estão nem aí para missões: querem é pipoca, cinema e ar condicionado. Não vejo fogo em seus corações pelo Espírito Santo, vejo uma preguiça desanimadora para as coisas de Deus.



Não gosto de generalizar. Há esperança de um futuro para a igreja. Há aqueles que sentem o toque do Espírito e abrem mão de si por Jesus. Que tomam suas cruzes e seguem-no. Há os que se dedicam, que leem livros cristãos, que vivem uma vida devocional, que buscam crescer na fé. Mais ainda: que buscam agir segundo a fé. Esses são os que me emocionam, porque são a prova de que o Deus vivo ainda vocaciona homens e mulheres para dedicarem suas vidas a levar as boas novas da salvação aos pecadores – não importa que idade tenham.



O que me motivou a escrever este post foi o vídeo que reproduzo abaixo. Foi-me enviado pelo mano Diego Vieira, da Igreja Cristã Nova Vida de Lote XV, em Belford Roxo (RJ). Dura menos de 9 minutos e mostra o depoimento de uma jovem da Coreia do Norte, um dos países onde cristãos mais são perseguidos no mundo, em que ela conta seu testemunho.



O que vejo ali não é uma jovem de 18 anos. É uma mulher de Deus. Alguém cujos sofrimentos e cujas experiências a estão levando a dedicar sua vida à causa do Evangelho.



Assista. E envergonhe-se. Eu, que tenho 40 anos, me envergonhei ao ouvir as palavras de Kyung Ju Song, esse gigante em corpo de menina. Suas rápidas palavras mostram que ela tinha tudo para odiar Deus, por tudo o que ela e sua família passaram. Mas seu amor por Cristo e sua visível emoção ao final de sua fala são uma lição para todos nós, em especial para os jovens brasileiros da mesma idade que ela que estão muito mais preocupados com o próprio umbigo, em assistir a festivais bobos de “louvor” num canal de TV e em comer esfihas no Habib´s do que com a eternidade e com o destino eterno de almas humanas.



Estou ciente que minhas palavras podem te soar duras demais. E são. Mas não são as mais duras que você ouvirá, caso venha a assistir ao video abaixo. Pois as palavras de Kyung Ju Song são ditas num tom de voz doce e quase meigo, mas são pungentes e perfuram como um punhal afiado. Que elas venham a despertar aqueles que estão dormindo o sono do conforto e da mesquinha rotina diária para uma vida de dedicação à causa da Cruz. Paro aqui. O que ela tem a te dizer em poucos minutos é mais importante do que o que eu poderia falar por horas. Ouça-a. Morra de vergonha. E depois, jovem cristão, com todo respeito e com muito amor: tome vergonha na cara e faça algo pelo Reino de Deus.

http://www.youtube.com/watch?v=ZAzs7SLTZ1Q




Paz a todos vocês que estão em Cristo.

domingo, 11 de março de 2012

Missões: grande é a seara.


Por Marcos Silva
Hoje em minha congregação uma irmã que recentemente esteve no Acre, mais precisamente na região dos Ribeirinhos falou um pouco das experiências vividas no período em que esteve lá. O que mais me chamou a atenção do relato, fotos e vídeos apresentados foi a dificuldade daquele povo em receber as boas novas do evangelho, tanto nas comunidades em terras brasileiras como as comunidades peruanas situadas naquela região. Temos notícias de várias outras denominações e projetos inter-denominacionais  voltados para missões nos Ribeirinhos, mas mesmo assim “a seara é grande e poucos os ceifeiros”.
Diante de tanta dificuldade apresentada quero trazer à reflexão: Se vivemos em um país que dizem que é evangélico, temos liberdade religiosa, somos compelidos por nossos líderes a ir por todo mundo e pregar o evangelho, porquê então é tão difícil alcançar aquelas vidas?
Talvez seja porque os líderes em seus corações trocaram o versículo 15 de Marcos 16 que diz: “Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura”, por “Ide pelo seu bairro e fundai uma igreja”.
Não é difícil vermos discrepâncias como igrejas na mesma rua e de frente uma pra outra, quando não até ao lado. Tenho que ser franco, você pode me trazer mil argumentos que não vou entender.
Andei reparando que essas atitudes de fundar igrejas em locais já evangelizados não advêem de igrejas sérias, admito que quando digo sérias me refiro às históricas, independentemente de eu concordar ou não com algum tipo de doutrina, sejam elas batistas, presbiterianas, congregacionais, metodistas e algumas assembleias de Deus. Quanto às outras prefiro não comentar, talvez por não conhecer a fundo e cada uma delas tenhas suas peculiaridades. Tal aberração ocorre porque muita gente se acha vocacionado para o ministério pastoral, não obtendo sucesso ao ser eleito a pastorear alguma igreja, se vê compelido a abrir a sua própria igreja, seja motivado por ter sido preterido por outro, ou por não concordar com a doutrina.
          Ah como bom seria se todos que se achassem vocacionados se dispusessem a evangelizar nos lugares ermos da vida, tal como Ribeirinhos, e dedicassem sua vida ao serviço missionário tal como o apóstolo Paulo nos ensinou com sua própria vivência no evangelho. Como diria o grupo estratagema de Deus: “Ninguém quer comer mel no deserto vestindo pele de camelo”.
          Certa vez um cantor gospel disse a seguinte frase em um culto na igreja em que congrego: _”Deixei um ótimo emprego na Petrobras pra viver do evangelho, hoje o Senhor me abençoa com minhas apresentações, vendas de CDs e direitos autorais”. Analizando essa frase pensei comigo: Quero ver ele viver pro evangelho, se dar pelas almas e não beneficiar-se das almas.
         Cabe analizar, será que uma igreja nos Ribeirinhos traria um bom salário para o pastor? Será que a receita da igreja seria suficiente pra mantê-la bonita e bem equipada? Basta que levemos em conta que cada alma ali é preciosa para Deus, e o restante Ele mesmo há de prover.

Mara maravilha lança bíblia comentada!!!

Por Renato Vargens


 
 
Definitivamente virou comércio. Se não bastasse o "Apóstolo" Estevão Hernandes lançar uma Bíblia comentada, eis que surge retumbante a cantora gospel Mara Maravilha lançando também uma Bíblia com comentários.

Pois é, depois de distribuir bíblias no programa da Band comandado por Danilo Gentili, Mara Maravilha, fez uma revelação bombástica! Ela pretende lançar uma Bíblia de Estudo.

E sabe em quem ela se inspirou? Nos livros da norte-americana Joyce Meyer, que por coincidência também tem a sua Bíblia de Estudo!

Caro leitor, confesso que o que mais me assustou nisso tudo foi a afirmação de Mara que os estudos contidos em sua Bíblia, se fundamentarão em Joyce Meyer que é neo-pentecostal e que defende com unhas e dentes a teologia da prosperidade.

Pois bem, antes que eu seja apedrejado pelos fãs do movimento gospel no Brasil, eu preciso afirmar que louvo a Deus por sua Palavra. Ora, o que seria de nós sem as Sagradas Escrituras não é verdade?

De fato, a Bíblia é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos, fundamento da nossa fé, bússola para as nossas vidas, espada para as nossas batalhas espirituais. Sem ela, nós nos perdemos, pegamos atalhos, apostatamos. O príncipe dos pregadores Charles H. Spurgeon costumava dizer que “a Bíblia, toda a Bíblia e nada mais do que a Bíblia, é a religião da Igreja de Cristo.” Louvado seja o Senhor nosso Deus por sua Palavra.

Isto, posto e esclarecido, gostaria de ressaltar que me assusta a quantidade de Bíblias comentadas que surgiram em nosso país nos últimos anos. Na verdade, em nossa tupiniquim nação, encontramos todo tipo de Bíblia para todo tipo de crente.

Infelizmente a impressão que se tem diante de tantas Bíblias comentadas é que algumas destas tenham surgido muito mais com a motivação comercial do que qualquer outra coisa, até porque, a ênfase dada pelos “vendedores espirituais” faz dos comentários em questão poderosíssimas armas de guerra. Junta-se a isso o fato de que muitos dos comentários contidos nelas, possuem uma visão teológica distorcida quanto a ortodoxia cristã levando o povo do Senhor a extremos muto perigosos.

Costumo dizer que enfatizar somente uma verdade da Bíblia é tão grave quanto negligenciá-la. Somos chamados por nosso Senhor a pregarmos a Bíblia toda e toda a Bíblia, como também a proclamarmos todo conselho de Deus.

Pois é, se a coisa continuar deste jeito daqui a pouco teremos no mercado o mais novo lançamento gospel: “a Bíblia atualizada-corrigida para mulher, adolescentes e homens, com ênfase em batalha espiritual, quebra de maldições hereditárias, com comentários apostólicos e proféticos dos santos homens de Deus dos últimos dias.”
Renato Vargens

sexta-feira, 9 de março de 2012

Na música Gospel as aparências não enganam


Por Antognoni Misael

Era uma noite bastante chuvosa quando eu minha esposa pegamos o carro e fomos até uma cidade que fica a 40 km de João Pessoa-PB. Nosso objetivo era visitar uma igreja que recebia o “Grupo Logos” como convidado especial naquele culto noturno. Já eram 20h00min quando cheguei naquela cidade, e perdido, sem saber onde se localizava o templo, entrava em ruas estreitas cheias de poças de lama, mal iluminadas, sem alcançar sucesso algum nessa procura. Já desacreditado, comecei a questionar: “(...) será que o Grupo Logos realmente viria pra essa cidade? Além do mais em um local esquisito, escuro, e sob chuva? Em uma pequena igreja e com a entrada franca”? Quando já pensava em fazer a volta e retornar pra casa, escutei uma canção que soava baixinho e dizia: “Quando Ele me chamou não fez promessas humanamente convincentes. Nada que me enchesse os olhos. Apenas disse que me faria um pescador”. No mesmo instante acelerei o carro e rapidinho encontrei àquela igreja. Era pequena, cheia de pessoas simples e humildes. Minha impressão foi a melhor possível. Vi tanta verdade naquele culto, tanto no semblante das pessoas da igreja quanto na postura humilde e serena do Grupo Logos - fiquei bastante admirado, pois, como ex-frequentador de shows gospel jamais tinha visto tanta falta de burocracia e marketing pra se cultuar juntos. Após o término, pude conversar com o Paulo Cesar, Nilma e todos os músicos da banda, e perceber que as aparências não enganam. Ali estava um grupo com 30 anos de ministério que diariamente viaja pelo Brasil inteiro em um ônibus simples, levando a mensagem de Cristo através da música, se misturando com as pessoas comuns, compartilhando do amor de Jesus em todo tipo de lugar, cidade, Estado.



Gente, nesse dia fui ensinado profundamente. Percebi que assim como Cristo fazia: não fazendo acepção de pessoas, atendendo prontamente a quem se dirigia a Ele, sendo servo de todos, amando a todos, abraçando as pessoas com gestos de afeto, com calor humano, com simplicidade e atenção, assim aquele grupo o fazia também. Quão preciosos são os pés dos que anunciam as boas novas! Mas a grande lição que tirei diante do que vi naquela noite, é que pra ser um cantor, grupo ou ministério que serve a Deus, não precisa abraçar a vaidade, luxúria, estrelismo, exclusivismo. Infelizmente gente, é isso que tenho visto no mundo da música gospel. Logo eu penso que:



1) Pra servir a Deus através da música não preciso ser regido por uma lógica de mercado semelhante ao meio secular. Pois o “astro gospel” se posta como astro sagrado cheio de exigências: toalhas caríssimas, bons camarins, transportes sofisticados, hospedagens em hotéis de luxo, privacidade, entrevista com hora pré-marcada.



2) Pra servir a Deus através da música não preciso cultivar minha própria fama. Já o “astro gospel” para justificar sua notoriedade, contrata uma forte equipe de segurança que o protege de frenéticos fãs que se auto declaram adoradores – de quem?



3) Pra servir a Deus através da música, não preciso me basear em quantidade de espectadores. Já o “astro gospel” evita se apresentar em locais pequenos, igrejas, praças, escolas - quanto menor for o público, menor a notoriedade, e para se esquivar desse incômodo é fácil, basta cobrar um alto cachê.



4) Pra servir a Deus através da música não preciso vislumbrar minha própria prosperidade e ser um artista preso a regras de mercado. Para o “astro gospel”, tocar de graça nem pensar! Há não ser uma homenagem no Raul Gil, Faustão, aí sim, cai bem para o marketing. Pra cada show o valor é sempre altíssimo, visa cobrir as cláusulas contratuais e engordar a poupança.



5) Pra servir a Deus através da música não preciso ser quem eu não sou. O “astro gospel” costuma se vestir de uma capa de marketagem que vai de tratamentos de pele a novos hábitos no falar e no vestir, e tudo isso porque agora ele não mais se pertence, ele é um produto de investimento. Muitos, como simples fantoches, gravam canções compradas, professam testemunhos duvidosos e sem autonomia alguma, viajam pelo país fazendo shows que são, na verdade, vendas fechadas pela produção cujo resultado é bem mais comprometido com o lucro do investimento do que com as almas alcançadas.



Pois bem. Quando você se encontrar com um desses “astros gospel” e notar que existe nele boa parte do que mencionei aqui, não duvide! As aparências não enganam! Ele é isso mesmo que você vê! Chega de tanta mentira no meio dessa música gospel!

O verdadeiro sucesso na Música Evangélica

Por Antognoni Misael

No reino de Deus aquele que quer ser o maior torne-se menor (Marcos 10:44). Sendo assim, observando a música dita evangélica, não como adoração e louvor em seu fim, mas como meio, vejo algumas distorções colossais entre o chamado sucesso à luz da Bíblia e "$uce$$o Gospel":

- Sucesso seria não pensar em $uce$$o. Mas buscando em primeiro lugar o reino, e compreendendo que o Senhor há de suprir toda necessidade do artista cristão.

- Sucesso seria oferecer a música a Deus com toda excelência e criatividade, mesmo que isso lhe faça renunciar a sugerida “fórmula de mercado”, tentadora para quem quer $uce$$o.

- Sucesso seria compreender que a quantidade de público não significa nada diante de Deus, visto que se Deus lhe quer cantando em uma congregação com 20 irmãos, não adianta sonhar com 20.000 aos seus pés. (Tem coisa melhor do que ser visto e aceito por Deus?)

- Sucesso seria se enxergar como miserável pecador, porém usado como instrumento de Deus para levar a Palavra dEle através da canção.

- Sucesso seria poder cantar juntos com os irmãos, e após o culto (Show) não ter que sair pela culatra às pressas temendo os frenéticos fãs aos gritos de idolatria.

- Sucesso seria amar o lugar social e cultural cujo Deus o inseriu, e através da música lutar para conversão da cultura à Ele. (Infelizmente ainda vejo sonhadores advindos do sucesso no mundo na ânsia de estourar como cantor gospel nas rádios e Tv’s dos grandes centros. Se estes cantores focassem no local em que foram colocados por Deus ao invés de rádios, e TV’s, certamente a missão cultural evangelho seria vivida em experiência pessoal e o nome de Jesus Glorificado)

- Sucesso seria poder gravar alguns CD’s pensando em abençoar pessoas, sem apego a fama, sem assessoria comercial, mas de corpo e de coração.

- Sucesso seria terminar a vida e mesmo notando que poucos ouviram suas canções, alegrar-se no Senhor por uma alma salva através da Palavra cantada. (Uma alma salva vale mais que milhões de "crentes" pulando no show de Gezuiz! Portanto acredite naquele irmãozinho que canta Verdades com seu simples violão - Deus pode estar aprovando sua adoração e reprovando a casa de Show lotada em nome dEle!!)

- Sucesso seria poder cantar perseverando na doutrina como fazia a Igreja Primitiva, e não sofrendo vexames com frases antropocêntricas e esquisitas. (Os Salmos nos ensinam muito bem, além da criatividade, o lugar de Deus e o lugar do homem na adoração)

- Sucesso seria não se deixar virar um astro, mas tornar-se a cada dia um missionário.

- Sucesso seria cantar e ver pessoas quebrantadas ao perceberem a grandeza de Deus e o quão pecadoras são, e não, surpreendê-las com chavões e frenesis típicos de um carnaval fora de época.

- Sucesso seria não aceitar a glória para si, mas se despir do personagem, do alto contrato, dos inadmissíveis lucros. (Isso me faz lembrar um episódio verídico vivido numa cidade do sertão da Paraíba onde um dito cujo exigiu o pagamento antes do show e além disso descumpriu a própria cláusula que assinou ao trazer um grudo reduzido e cobrar por um número maior)

- Sucesso seria escolher um caminho estreito e apertado cujas canções cantem as Escrituras e não as experiências. (Este caminho parece não agradar ao povão, aliás cantar “Quem tem posto a mão no arado não pode mais olhar atrás” é "menos" empolgante do que pular e dizer “Apaixonadoo, Apaixonadoo”!!)

- Sucesso seria aproveitar as raras oportunidades oferecidas por canais televisivos para dizer ao povo que eles são pecadores, e que se não reconhecerem Cristo como único e suficiente Salvador, irão para o inferno. (Vi como uma vergonha as recentes aparições dos evangélicos na TV; não vi nada de criativo nem tampouco de verdadeiro. Enquanto um apresentador famoso dizia: “milhares de fãs comparecem ao festival para verem seus ícones da música gospel” eu ratificava em mim: "eles não estão entendendo nada", e profundamente me envergonhava)

- Sucesso seria morrer pra si, e mostrar com a vida e com sua música que Cristo vive em si.

A grande verdade é que de muitos anos acompanhando (por vezes de perto) este mundo da música evangélica, confesso que já vi de tudo. Paguei caro (e não errarei de novo!) pra ver quem me trouxesse um show super emotivo, mas vazio, e vi de graça quem me falasse e cantasse a Graça de Deus e o Evangelho de Jesus. Não tenho dúvidas: têm muitos fazendo $uce$$o, mas outros, que pela graça de Deus, entenderam que em Cristo sucesso é ser pequenino, humilde, simples, usando da mais bela e pura forma a sua arte a serviço do Reino.

Que Deus nos dê misericórdia para que sejamos menores em Seu reino. “É necessário que Ele cresça e que eu diminua”. (Jo 3:30)


Cansado da pobreza teológica, poética, estrutural e instrumental da thurma do $uce$$o.