I TM 4:116

Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem. 1 TM 4:16

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Dez motivos para não participar do evento "Marcha para Jesus".

 

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Por Rev. Ageu Cirilo de Magalhães Jr.
No dia, 03/09/2009, o então Presidente da República, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que instituiu o Dia Nacional da Marcha para Jesus.
Estavam ali, naquele ato, alguns líderes do governo, juntamente com o bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcelo Crivella, e os bispos da Igreja Renascer em Cristo, Estevam e Sônia Hernandes. A sanção do presidente veio apenas tornar oficial uma prática que se repete a cada ano. Considerando o tamanho do evento e a quantidade de irmãos que mobiliza, alisto abaixo dez motivos que cada cristão deveria considerar para não participar desta marcha. As informações que dão base à análise podem ser encontradas em sites de promoção da marcha:
 
1. A igreja que organiza a maior parte da marcha é conduzida por um homem que se autodenomina apóstolo. Este é um erro cada vez mais frequente em algumas denominações. É sabido que o título “apóstolo” foi reservado àquele primeiro grupo de homens escolhidos por Cristo. Após a traição e suicídio de Judas, os apóstolos escolheram outro para ocupar seu lugar (At 1.15-20), mas, como foi feita esta escolha? Que critérios foram usados? 1º) Ter sido discípulo de Jesus durante o seu ministério terreno; 2º) Ter sido testemunha ocular do Cristo ressurreto. Portanto, ninguém que não tenha sido contemporâneo de Cristo ou dos apóstolos (como Paulo o foi) pode sustentar para si o título de apóstolo;
 
2. A igreja que organiza a marcha ensina a Teologia da prosperidade (crença de que o cristão deve ser próspero financeiramente), Confissão positiva (crença no poder profético das palavras — assim como Deus falou e tudo foi criado, eu também falo e tudo acontece), Quebra de maldições (convicção de que podem existir maldições, mesmo na vida dos já salvos por Cristo) e Espíritos territoriais (crença em espíritos malignos que governam sob determinadas áreas de uma cidade);
 
3. A filosofia da marcha está fundamentada em uma Teologia Triunfalista (tudo sempre vai dar certo, não existem problemas na vida do crente), tendo como base textos como Êxodo 14 (passagem de Israel no mar Vermelho) e Josué 6 (destruição de Jericó);
 
4. De acordo com os sites que organizam a marcha, uma das finalidades dela é promover curas e libertações;
 
5. A marcha não celebra culto, mas “show gospel”;
 
6. Os líderes do movimento propagam que a marcha tem o poder de “mudar o destino de uma nação”;
 
7. Na visão do grupo, com base em Josué 1.3: “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado”, a marcha é uma reivindicação do lugar por onde passam na cidade;
 
8. Na visão do grupo, a marcha serve para tapar as “brechas deixadas pelos atos ímpios de nossa nação”;
 
9. Na visão do grupo, a marcha destrói “fortalezas erguidas pelo inimigo em certas áreas em nossas cidades e regiões”;
 
10. A marcha tem caráter isolacionista, próprio de gueto, e não o que Cristo nos ensinou, a saber, envolvimento amplo na sociedade, como sal e luz (Mt 5.13-16), com irrepreensível testemunho cristão: “…mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação” (1 Pe 2.12).
 
Ademais, é importante observar que toda a organização da marcha está centrada nas mãos de uma igreja apenas, excluindo-se o alegado caráter de união entre os evangélicos.
Tanta força e entusiasmo deveriam ser canalizados para a pregação do evangelho. As pesquisas indicam que os evangélicos já somam 25% da população brasileira, no entanto, a imoralidade, a corrupção e a violência estão cada vez maiores em nosso país. Os canais de TV, os programas de rádio, bem como as marchas não têm gerado transformação de vida em nosso povo.
A marcha que Cristo ensinou à sua igreja foi outra, silenciosa e efetiva, tal qual o sal penetrando no alimento (Mt 5.13); pessoal e de relacionamento, como na igreja primitiva (At 8.4); cotidiana e sem cessar, como entre os primeiros convertidos (At 2.42-47).
Que Deus nos restaure essa visão.
***
Sobre o autor: Rev. Ageu Cirilo é pastor da Igreja Presbiteriana Vila Guarani, São Paulo, diretor do
JMC e membro do Conselho Editorial da CEP.
Texto extraído do jornal Brasil Presbiteriano de Maio de 2013, via Web Evangelista / Bereianos.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Quando baboseiras no púlpito dão vontade de chorar.



Por: Marcos Silva

     Não vou mais me esquecer do domingo 12 de maio de 2013, melhor seria se conseguisse esquecer, quando visitei uma pequena igreja, da qual tenho amigos, cristãos sinceros que aos poucos estão sendo levados pelo evangelho das facilidades. 
     Aquela igrejinha que foi construída com suor e lágrimas, pregava a graça, as boas novas eram baseadas na vida de Cristo e dos apóstolos, com um evangelho simples e puro, lamento... já não é mais a mesma. Agora liderada por um jovem pastor, com uma boa oratória, um sorriso jovial, que seduzido pelas ideologias da "Nova Visão Celular, empurra garganta  a dentro a famigerada teologia da prosperidade nos membros.
     O culto que deveria ser voltado a adoração tinha outro propósito, pra se ter idéia, no momento do ofertório foi dada a palavra a uma mulher, que se dizia apóstola, que usou quase quarenta minutos totalmente dedicados aos desafios e barganhas para uma vida financeira de sucesso, parecia uma contratada para elevar a receita da igreja através da persuasiva mensagem do toma lá da cá.
     Após a seção de marqueting motivacional, mais alguns louvores, a mesma pessoa começa mais uma hora de tortura, onde através da hierarquização, bajulava-se seus discipuladores, apóstolos, paipóstolos e etc. Se autoproclamavam alguém muito importante, dizendo ter várias pessoas sobre sua cobertura espiritual, e a enfase principal era hierarquia, honra e fidelidade. Ao final de uma mensagem massante, recheada de auto-ajuda, auto-sugestão e teologia da vingança, anunciou um tal encontro com Deus, momento este que se idolatrou  o guru da MIR "Renê Terra Nova", o qual foi anunciado com honras como um dos preletores.
      Confesso, que deu vontade de chorar, chorar de tristeza, tristeza de ver pessoas trocando o evangelho de Cristo por um prato de lentilhas, e o pior : lentilhas azêdas, tristeza de ver o povo caminhando para o inferno dando glória a Deus e ao mesmo tempo a discipuladores, apóstolos, paipóstolos, gurus, patriarcas e etc.
     O povo está tão cego que são capazes de te ter por inimigos e conforme a teologia da vingança, orar pra que Deus te destrua por não compactuar com essas novas visões triunfalistas.
 
 Interessante a ira de algumas ovelhas fãs quando tocamos nos seus ungidos do "sinhô". Me desculpem se derrubo a vaca sagrada de alguém.
 
O meu povo perece por falta de conhecimento. Oséas 4:6

 
 
Lamentavelmente: Marcos Silva

quinta-feira, 16 de maio de 2013

As loucuras de Renê Terra Nova, o Papa gospel! Pra quem não sabe quem é.




SÓ PARA RELEMBRAR




A WEB cristã se escandalizou com o último delírio de Renê Terra Nova. Cercado de pompa e circunstância o já apóstolo da visão celular foi proclamado patriarca por vários líderes – ligados ao Ministério Internacional da Restauração – dando conta que a sua “unção” é a mesma dada por Deus a Abraão, o que pode ser conferido em seu próprio site (1).

Esta unção foi inicialmente referendada em um “ato profético” realizado no final de 2009 por Morris Cerrullo (2). Desde então, Terra Nova deixou de assinar “apóstolo” e passou a se auto proclamar PAIpóstolo e, agora, patriarca. Ou seja: Temos um Papa Gospel!

Genizah faz uma radiografia do movimento celular brasileiro, em especial o MIR. Apresenta os meandros e técnicas de captação de membros, refuta as doutrinas espúrias do modelo do MIR e defende a tese de que, por trás das práticas de idolatria geográfica e das mudanças na hierarquia eclesiástica, não há tão somente vaidade ou ignorância bíblica, mas a montagem de um arcabouço de gestão. 

Tal estrutura, em conjunto com o dogma da infalibilidade patriarcal, estabelecido recentemente por Terra Nova, e as campanhas de HONRA e FIDELIDADE ao “pai da visão”, garantem o controle financeiro e político sobre a dispersa, mas imensa estrutura da nação celular nacional. 


O movimento G12 tem sido acusado de práticas absolutamente anti-bíblicas, em especial, função dos ventos de doutrina e modismos criados a partir de meras ilustrações vetero-testamentárias retiradas de seu contexto.

Contudo, antes de prosseguir, gostaríamos de fazer dois parênteses:

(1) Percebam que não generalizamos a crítica ao modelo ou as pessoas envolvidas, mas às práticas perniciosas vistas em alguns movimentos neste formato.

(2) Que fique claro que o foco da nossa crítica à estrutura celular não é em função da existência de grupos pequenos, ao contrário. Reconhecemos a importância de uma congregação baseada em grupos pequenos.

Entretanto, entendemos que os grupos pequenos são apenas satélites, não se pode transferir para as células a condução do discipulado e as bases doutrinárias da congregação. A nós, preocupa ver pessoas despreparadas assumindo um papel de liderança espiritual e doutrinária que caberia somente a um líder preparado, pastor aprovado e avaliado por anciões, como ocorre em uma congregação tradicional onde é dado o tempo necessário à formação de um líder de pessoas.

Diferentemente de um grupo pequeno de uma congregação tradicional, cujos objetivos são aumentar a comunhão dos membros, fortalecer os irmãos na fé, acompanhar neófitos e encorajar o estudo da Palavra; a estrutura celular assume papeis que caberiam às lideranças preparadas e o fazem no intuito primeiro de crescimento, não de fundamentação.

Sem a devida formação, ficam as células e seus líderes sujeitos a todo vento de doutrina, não são tendas fundadas na rocha, mas grupos frágeis emocionalmente dependentes de experiências sensoriais vividas em congressos e encontros periódicos, onde a sã doutrina passa longe. Ou seja, são cegos guiando outros cegos.

Muitas igrejas saudáveis, ao aderirem ao tal “movimento”, acabaram divididas, comprovando que as células produzidas tornaram-se potencialmente cancerígenas.

No Brasil, não são poucas as ocorrências de claro sincretismo com práticas ocultistas, numerologia, candomblé e outras práticas disfarçadas sob uma “nomenclatura” pretensamente bíblica, mas que não encontra respaldo na Palavra e provoca um verdadeiro abismo entre suas práticas bizarras e a sã doutrina.

Dados a realizar atos proféticos em profusão, destes que demarcam território com urina, atiram pétalas de rosas ungidas de helicóptero, ou realizam performances teatrais que lembram aquelas vistas em filmes de Hollywood simulando cortes de reis da antiguidade, os g12zistas são reconhecidos rapidamente pelo seu linguajar peculiar.

Seus encontros são famosos pelo uso de diversas práticas e jogos psicológicos envolvendo exposição humilhante dos novos participantes a técnicas de lavagem cerebral visando desestabilizá-los e torná-los susceptíveis ao processo de adesão ao grupo, tudo realizado em isolamento, horários maçantes e clima de constante pressão emocional.

Há muito material tratando destes aspectos de alguns movimentos de visão celular e de suas heresias. Nosso objetivo neste artigo é tratar de certos aspectos organizacionais do movimento no Brasil e defender a tese de que certas práticas, incluindo as recentes mudanças na hierarquia eclesiástica evangélica não têm base doutrinária (e nem mesmo são atos apenas de vaidade, como o supracitado caso do “patriarca”), mas são, simplesmente, a implantação de instrumentos de gestão financeira e política.

E tome encontros! E tome penas nos cocares dos caciques!

Quem vê filme de bang-bang sabe que quanto mais pena tem o índio no cocar, mas ele manda na tribo. Com uma estrutura que cria células (e caciques de células) em alta velocidade, botar ordem nesta tribo não é fácil. Mais do que isto, ao contrário dos grandes líderes de denominações com estrutura tradicional, o cacique manda-chuva da visão celular não conta com a mesma facilidade de arrecadação financeira e, função da distância das bases, fica mais sujeito ao sabor das disputas políticas e dos motins dos pequenos caciques.

Atos proféticos são a "alegria" dos encontros. Este aqui era para São Jorge, risos.

Com tantos índios de cocar e muito dinheiro circulando – veja que a arrecadação é alta, a doutrina é fundamentada na teologia da prosperidade e não há os custos tradicionais com obras, luz, aluguel, obreiros, etc. das congregações tradicionais – a gestão política é um caminhar no fio de navalha e gestão financeira... bem; tome taxa de evento ungido!

Congresso disto, encontro daquilo, caravana sabe-lá-pra-onde, esta é forma dos escalões superiores cobrarem das células a sua receita. Crescendo ao ritmo daqueles esquemas de pirâmides, cada encontro local, da região, da cidade, estado, nacional, internacional, vai ficando cada vez mais “tremendo” e enchendo os bolsos do cacique com mais pena.

Ninguém quer ser servo! Torpe ganância!

Bem disse Pedro, que embora apóstolo com pedigree, contentava-se em ser chamado “presbítero”: “Por ganância farão de vós negócio, com palavras fingidas. Para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme” (2 Pe.2:3). Não quero estar por perto quando o juízo de Deus descer arretado no lombo desses pseudo-qualquer-coisa.

Observe a megalomania da declaração de uma das "autoridades" que refenderam o patriarcado de Terra Nova:

A nação de Israel, representada por Malcolm Hedding, Diretor da ICEJ, reconheceu o Apóstolo Renê como um grande aliado da Terra Santa. “É uma grande alegria reconhecer que você recebeu das mãos de Deus as nações da terra e as tem conduzido a Sião. Deus o enviará ainda mais longe, e você saberá que ele o chamou para ser Patriarca”, enfatizou.
Que bom seria se os pastores que se colocam sob sua "cobertura" atentassem para as palavras de Pedro, e percebessem a encrenca na qual estão se metendo. Se ainda há alguns sinceros, entre os milhares de ávidos por títulos e lucros, é a eles que o apóstolo endereça sua advertência: “Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente, não por torpe ganância, mas de boa vontade; não como dominadores dos que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1 Pe.5:2-3).

Logo o leitor começa a perceber que a criação e distribuição de honrarias e títulos hierárquicos são estratégias necessárias a manutenção da ordem nesta nação. A FIDELIDADE é um dogma! E como a palavra HONRA é repetida nos discursos de Renê Terra Nova. Ser “legítimo” é ser aprovado pelo cacique e, a este, se deve fidelidade. A “honra” é dada ao fiel e ao pai da visão. O que ninguém consegue explicar é a razão pela qual o auto-aclamado patriarca se esquece de dar honra ao verdadeiro idealizador do modelo gedozista, o colombiano Cesar Castellanos, de quem, após aprender o pulo do gato, veio a separar-se em Março de 2005. O princípio protestante de que TODA HONRA e TODA a Glória devam ser atribuídas exclusivamente a Cristo, não faz parte do discurso de Terra Nova:

Filhos, os nossos Congressos estão crescendo na maturidade e adesão de novas lideranças. Estamos vivendo momentos singulares, pois a Visão chegou em um nível de consolidação que está atraindo os novos Filhos e os Filhos Legítimos estão mais sedimentados no propósito que antes.

Vamos consolidar com saúde os novatos, mantendo o testemunho da Honra ao nosso Líder. [...] Quero deixar claro aos Fiéis discípulos, Filhos Legítimos, possuidores do DNA da Honra que são de uma linhagem inegociável, que meu coração está pleno de alegria, pois tenho visto a Mão do Poderoso Deus nos dirigindo para coisas maiores. Tenho conhecido uma demanda de fidelidade em discípulos que jamais esperava que Deus fosse nos agraciar com tamanha medida.

A fim de assegurar para si o controle da nação e evitar a rebeldia de líderes regionais, o que já ocorreu diversas vezes, os líderes tomaram para si a aprovação dos líderes locais e o senhor Terra Nova tratou de, reiteradamente, conceder novos títulos aos líderes regionais, organizando macro e micro áreas de influência, o que o levou a conceder no ano passado o título de apóstolo aos líderes regionais, dando um upgrade no topo da hierarquia evangélica nacional, criando para si, a principio, o título de PAIpóstolo (o pai dos apóstolos) e, não lhe parecendo bastante, arvora para si o título ainda mais eloqüente: Patriarca, tal qual Abraão.


A infabilidade do patriarca

De que vale um título de patriarca sem todo o poder que este pode oferecer? O patriarca da igreja católica, o papa, conta com o dogma da infalibilidade que afirma ser o mesmo, em comunhão com o Sagrado Magistério, quando delibera e define solenemente algo em matéria de fé ou moral, ex cathedra, estar sempre correto. Pois não é que o senhor Renê Terra Nova defende para si um poder ainda maior, veja o que disse em seu site:
Na Palavra principal desta manhã, o Apóstolo Renê Terra Nova falou sobre a responsabilidade que o líder da Visão Celular tem em preservar a identidade do Grande Eu Sou. Lembrou que o nome de uma pessoa é o bom tesouro que deve ser preservado. Para isso, no entanto, o líder deve em primeiro lugar conhecer a identidade do Grande Eu Sou, que fará toda diferença na sua vida, deixando de lado a exaltação pessoal. “Nunca um líder deve questionar a identidade do Grande Eu Sou. Todos os que fizeram isso, acabaram provando a morte física e espiritual, com o exemplo de Faraó, no Egito”.

Em segundo lugar, lembrou o Ap. Renê Terra Nova, o líder deve preservar a identidade do seu líder. Ele nunca deve questionar a identidade de seu mentor, a identidade de sua liderança. No dia em que João Batista fez isso, perdeu a cabeça. Ele que havia preparado o caminho de Jesus, que era primo de Jesus, mas que perdeu o legado da identidade de Jesus, quando entrou na rota da suspeita da identidade de seu líder. “Herodes questionou a identidade de Jesus e foi comido por bichos. João Batista questionou a identidade de seu líder Jesus e por isso perdeu a cabeça. Todo aquele que duvida da identidade do líder perde a legitimidade e o legado da liderança de Jesus”, disse o Apóstolo.


Que bela exejegue! Alguém já ouviu tamanho absurdo relativo ao profeta João Batista? O que o levou a perder a cabeça foi sua fidelidade para com o exercício de sua chamada, não negociando com a verdade.

Idolatria Geográfica

Encarrapitado no extremo norte do país, Terra Nova sabe que são limitadas as oportunidades de seu rebanho disperso visitar seu luxuoso templo em Manaus, a geografia não ajuda. Apesar disto, realiza ali alguns encontros cercados de meandros faraônicos e usa de forte pressão sobre os seus líderes regionais para trazer membros para as fanfarras gospel.

Mas são as viagens proféticas as grandes receitas do grande líder, que reciclou diversas festas do judaísmo vetero-testamentário e, mesmo do atual, de maneira a encher a “embaixada da visão” em Israel, para alegria dos vendedores de badulaques da baixa Jerusalém...

Comemorar Purim, Festa dos Tabernáculos, ano-novo judaico, Chanucá, etc. pode até parecer doutrina judaizante da parte deste senhor, e é. Mas o propósito maior é reunir o seu rebanho disperso para ouvir de “sua boca ungida de patriarca” a última visão dada por “deus” ao iluminado e garantir uma receita forte nas comissões das caravanas e nas ofertas alçadas em profetadas memoráveis. Quem participou destes encontros sabe que e melhor fazer o free-shop na Ida, pois na volta não vai sobrar nem para o táxi...

Ei, você ai! Me dá uma oferta ai! Me dá uma oferta ai!

Será que o untado patriarca jamais leu Gálatas? Nunca lhe disseram que a Jerusalém atual é escrava juntamente com seus filhos, e que a Jerusalém que é de cima, da qual somos filhos, é livre? (Gl.4:25-26). Se ele não sabe disso, não serve para liderar. Se sabe, mas prefere manter o povo na ignorância, servindo-se da mesma, ele não presta nem pra ser cristão.

Percebam que estes encontros são necessidades vitais na gestão do negócio, contudo se não há o contexto mágico / espiritual da idolatria geográfica é muito mais difícil forçar uma adesão em massa. Sendo assim, práticas de “tomada de território para Jesus” e atos proféticos dependentes da energia dos locais “santos” são fundamentais para o alimento infantil dos membros deste grupo. (1Co 13:11)

São viagens a Israel, Jordânia, Egito, Coréia (Vai saber o porquê!) e, a cada ano, uma visão nova dada pelo patriarca. E tome sacolinha subindo com ofertas da base para o topo da pirâmide da nação em ritmo acelerado!

Costuram o véu que Cristo rasgou! Sacerdotes, arcas, shofares e outras palhaçadas!


O acarajé de Jesus

A última tacada estratégica do Sr. Terra Nova foi estabelecer no Brasil um centro de peregrinação, mais viável econômica e logisticamente função de uma nação continental. Para tanto, era necessário criar uma falácia espiritual capaz de sustentar o engodo profético.

Neste intuito, há três anos Terra Nova colocou 800 “profeteiros” em escunas e redescobriu o Brasil em Porto Seguro, tomando posse espiritual no país para a visão celular: Uma bela conversa fiada que cria a atmosfera espiritual perfeita para a “Sião” brasileira, que não por acaso, é um destino: (1) central, (2) com super estrutura hoteleira – normalmente pouco ocupada na época do evento de Renê; e (3) conta com a milha aérea mais barata do país, função da profusão de vôos charter. Resumo da Ópera Gospel: Ali a “visão” criou uma espécie de PARINTINS GOSPEL, que a cada ano vem crescendo em gigantismo e bizarrice.


O apóstolo colabora com a mancha de óleo do golfo e unge o mar da Bahia para que não falte atum em óleo nos supermercados da nação.

Porto “Sião” Seguro, um evento feito na medida para atender a todo bolso da visão celular e garantir uma arrecadação milionária aos líderes, veja trecho da carta de Terra Nova sobre o assunto:


O que nos fortalecerá para esse êxito é a FIDELIDADE dos nossos Líderes, que são nossos representantes e que deverão, no ofício do chamado, fazer as convocações regionais ou ministrar nos Congressos acerca de Sião e da nossa aliança. Isso honrará o BRASIL como nação que visita e impacta Israel dentro do território, como equipes e não como isolados, pois a força de uma conquista é a UNIDADE.


Bem, também estamos esperando as inscrições para Porto Seguro, pois sabemos que neste ano de 2010 haverá uma explosão de fiéis que estarão dentro do nosso território profético, selando o melhor momento da História da Nação, a consolidação da Conquista da Terra. Não posso imaginar a hora deste momento histórico, pois foi gerado com muita guerra e Deus estará nos honrando de forma Sobrenatural. É CHEGADO O REINO DE DEUS NA NOSSA NAÇÃO.

Temos, portanto, as comissões de passagens, hospedagem, venda quinquilharias e os ingressos das festas que são caríssimos. Mas não fica ai. Há sempre uma unção nova a ser vendida aos participantes. No vídeo humorístico a seguir, vemos a unção da MULTIPLICAÇÃO que foi vendido por “milzinho” e jogada ao povo, como Chacrinha fazia com bacalhau...





E pensar que o próprio Senhor Jesus, ainda antes de sua derradeira ida a Jerusalém (quando se encontrou com a mulher samaritana no poço de Jacó), decretou o fim das peregrinações a templos e “locais sagrados” objetivando cumprir obrigações religiosas ou para “estar” com Deus (Jo.4:21-24).

Não temos nada contra viagens de cunho cultural a Israel e outros destinos que foram cenário de acontecimentos relatados nas Escrituras Sagradas. É mesmo especial poder visitar os locais onde fatos tão marcantes ocorreram. Contudo, não é esta a prática da “visão” do MIR, mas os atos proféticos, a idolatria geográfica, a insanidade que costura o Véu que Jesus rasgou e ressuscita os sacerdotes do templo e seus vendilhões, até mesmo onde nunca existiram, como nas paradisíacas praias da Bahia.
Dono de uma unção tão especial que o faz representante do “Eterno” na terra e o tem permitido conversar até com o próprio demônio (3), como o próprio afirma em matéria listada a seguir, Renê Terra Nova se consolida como o líder inquestionável de um movimento que, a cada dia, se separa mais e mais do cristianismo enquanto realiza um dos maiores estragos já feitos na Igreja Brasileira. Um homem que hoje assina sua cartas aos “filhos” assim:

PAItriarca, 24 horas gerando a Visão e avivamento no espírito. Shalom!


Podem esperar. A coisa não fica por ai! Enquanto houver cego o Terra Nova vai deitar e rolar!



terça-feira, 14 de maio de 2013

Pastores tiranos, tiranos do bem!



"Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o SENHOR."Jeremias 23 v.1

C.S. Lewis disse: “De todas as tiranias, aquelas exercidas sinceramente para “o bem” de suas vítimas podem ser as mais opressivas. Seria melhor viver sob barões ladrões do que sob “onipotentes” metidos à moralidade. A crueldade do barão pode, por vezes, adormecer, e a sua cobiça pode em algum momento ser saciada; mas aqueles que atormentam-nos para “o nosso próprio bem” vão nos atormentar sem fim, pois fazem isso com a aprovação da própria consciência.”

É certo que nem toda a ditadura nasce de boas intenções, mas a maioria sim. Todo tirano quer transformar o mundo em “um novo mundo”, transformar o homem em “um novo homem”. Todo líder totalitário é salvador, libertador e transformador. Cuidado com o pastor que quer determinar até sobre quem você irá casar, seu horário de trabalho. 

Todo homem com complexo de salvador, transformador, seja político ou pastor, certamente será um pequeno ou grande opressor. Um fenômeno que tenho observado ultimamente nas igrejas evangélicas é que existem pastores e líderes religiosos que tem uma verdadeira obsessão para que sejam obedecidos cegamente. Alegam, frequentemente, serem representantes de Deus, existem alguns que usam Deus como castigador: “Quem não me obedece eu entrego nas mãos de Deus”. Para fazerem com que sejam obedecidos utilizam guerras psicológicas e empregam doutrinas de autoritarismo até que provocam uma espécie de “lavagem cerebral” em seus ouvintes. Estes tipos de pastores frequentemente se negam a ser questionados quanto às suas condutas pessoais e impõem aos outros estritas regras morais a sua revelia. Se mostram agressivos quanto são desobedecidos e falam mais com a emoção do que com a razão. Ainda para nossa infelicidade muitos destes líderes são encontrados em pequenas igrejas e em grandes catedrais também.

Para melhor ser entendido vou fazer lhes mostrar através de algumas perguntas e respostas como identificar se seu líder, seu Pastor é um tirano.

1 Que tipo de pessoa é um Pastor autoritário, em outras palavras: como podemos reconhecer?

Bem, se queremos reconhecer e identificar os pastores tiranos temos que aprender a seguinte lição: Não nos guiemos pela aparência externa, pois pode tratar-se de qualquer pessoa (você só vai saber quando o poder estiver com ela), mas especialmente aqueles que parecem ser muito bons por fora, sorridentes, brincalhões. A característica inconfundível dos pastores tiranos, independente de denominação, é que exercem forte controle sobre sua membresia para tirar proveito pessoal. Em outras palavras, eles tem uma mentalidade que tende a dominar e manipular a consciência das pessoas para obter algo de seu interesse delas.

2 Qual é o perfil dos tiranos disfarçados de Pastores?

Há um perfil definido para reconhecer estes “pastores”. A fim de controlar as pessoas eles usam vários truques, isso mesmo truques. O principal é o de oferecer e negar cargos de liderança e confiança a fim de controlar as pessoas por seus brios, seus desejos de liderar e de estar a frente de outros. Para isso manipulam a consciência, as expectativas, as necessidades e em especial usam a Bíblia, através de suas particulares interpretações, a fim de deturpar e dar a orientação errada. Manipulam os sentimentos, as emoções e o respeito da membresia. Este espírito ou mentalidade de controle não é um pequeno defeito de caráter ou algo que se herda ou que se adquire por contagio ou acidente. Com certeza é consequência de uma vida de egocentrismo perverso. 

A Bíblia nos mostra exemplos desta obsessão por controlar as pessoas através da vida de líderes como o rei Saul e Jeroboão. Saul, um dirigente do povo de Israel, tinha completa obsessão de ser sempre o mais importante (1Samuel 15 v.12, 30 e 1Samuel 18 vv. 6-8). Tinha tanto medo de perder sua posição que vivia em uma constante preocupação. Isso o levou a implantar um opressivo sistema de governo sobre o povo de Deus para vigiar que ninguém fosse chegar a ser tão popular como ele (1Samuel 18 vv. 9-12, 19 v.1, 20 vv. 30-33; 22 vv.17-18). Jeroboão, por sua vez, criou um sistema religioso para controlar as multidões e continuar tendo uma posição cômoda e próspera de um rei. Sua tirania levou a exercer um autoritarismo tão forte que ele agrediu e perseguiu gente justa e inocente (2 Crônicas 13 vv. 8-9). Este tipo de controle autoritário é egoísmo em sua máxima expressão.

São homens querendo se fazer como Deus, ao exigir obediência absoluta. Ouvi um testemunho absurdo de uma irmã em que o Pastor a colocou as seguintes opções: Ou você rege o grupo feminino de louvor ou você trabalha, as duas coisas você não pode fazer. Em contraste com tudo isto vemos que Jesus Cristo, sendo o filho de Deus, não teve um espírito de controle; nem quando alguns de seus discípulos se foram, não os perseguiu, nem os ameaçou. Nem tão pouco montou uma campanha de difamação a fim de os oprimir e fazê-los voltar ao redil. E mais, ainda perguntou a Pedro e aos outros que ficaram, se eles também queriam ir. Desde então muitos de seus discípulos voltaram atrás e já não andaram com ele. Disse então Jesus Cristo aos doze: “Quereis vós também retirar-vos?” (João 6 vv. 66-67). Jesus Cristo tão pouco atuava como tirano, nem manipulava os sentimentos das pessoas para extarir benefícios pessoais (dinheiro, conforto e fama). Não usava os púlpitos para lembrar a cada oportunidade que ele era a autoridade. Ele não tinha esta necessidade pois os discípulos já sabiam disso. A autoridade de Jesus Cristo vinha do servir, do amor desinteressado, da unção que havia sobre a sua vida (Mateus 20 vv. 25-28; João 15 vv. 12-13). Ainda que Jesus Cristo instruísse, corrigisse e mantivesse uma disciplina entre os discípulos, sempre ensinos que as escrituras e o Pai eram e são a autoridade espiritual máxima (Mateus 16 v.23). è fácil ver porque os pastores tiranos ou líderes autoritários tem que estar “doutrinando” quase até o ponto da exaustão nos púlpitos dizendo que tem seus membros que estarem sujeitos a eles pois são ungidos de Deus, são os anjos da igreja. Isso prova que não tem nenhuma autoridade espiritual e é isso que se nota. 

Que razões pode ter um líder espiritual para querer controlar as pessoas?

São muitas as razões, mas todas se resumem em uma só: satisfazer algum desejo egoísta. A perseguição aos “rebeldes” tem duas finalidades uma psicológica e outra pragmática. Por um lado “satanizar” os rebeldes, o pastor tirano intenta aliviar o peso da consciência tratando de pensar de alguma maneira os rebeldes eram maus aos olhos do Senhor e por isso sofreram e que eram joio e Deus os arrancou, pois estavam impedindo o crescimento da obra. A perseguição aos rebeldes visa intimidar aqueles que já estão hipnotizados e assim seguem com suas reputações intactas e continuam a explorar outros impunemente.

O Novo Testamento, em 3 João VV. 9-11, nos narra a história de um líder da igreja, chamado Diótrofes, um sujeito que expulsava os membros que não se submetiam aos seus caprichos. Ele também difamava os que se opunham às suas maldades diante da igreja. Por que agia assim? O apóstolo João disse no versículo 9 que Diótrofes gostava de “ter o primeiro lugar” na igreja. Seu pecado motivacional era a vaidade. Também existem pastores que o orgulho os movem a querem controlar os outros. Querem ser considerados “exitosos” pela sociedade e isso implica em terem uma congregação muito grande, mesmo que digam em alta voz: “ Não importa que sejamos poucos, importa que Deus está conosco”, somente da boca para fora. Se por alguma razão uma pessoa ou família decide se rebelar contra ele e sair da igreja para outra, isso por si só já significa menos gente e o que é pior pode esta pessoa ou família ser exemplo para outros e provocar uma rebelião.Por isso as rédeas curtas. Afinal menos gente, menos êxito.

Resta reconhecermos e escaparmos destes pastores tiranos. Não estou lançando para o alto carapuças, nem distribuindo sapatos de cristal, mas espero que os pastores que lerem e se enquadrarem neste perfil mudem em nome de Jesus Cristo e lembrem-se que o Senhor é o nosso Pastor e que o rebanho é dele, só nos é dado o "dever" de cuidar para ele. Além disso, espero que este texto seja muito útil a todos. Que o amor de Deus que excede todo o nosso entendimento seja derramado sobre a sua vida e de sua família em nome de Jesus Cristo. Amém.

Pastores, Divórcio e Novo Casamento



Afinal, qual a importância de um casamento sólido e duradouro para o ministério pastoral? Paulo escreveu que “é necessário que o bispo ... seja esposo de uma só mulher” (1Tm 3.2). Podemos interpretar essa passagem de duas ou três maneiras diferentes, mas todas elas, ao final, falam da necessidade de um casamento exemplar para os líderes cristãos. Creio que há vários pontos que podem ser mencionados aqui.

O primeiro é a paz e o sossego que um casamento estável oferece e que se refletem inevitavelmente na lide pastoral. O segundo ponto é o exemplo, para os filhos, se houver, e para os casais da igreja que pastoreia. Todos esperam que o casamento do pastor seja uma fonte de inspiração e exemplo. Casamentos que dão certo e duram a vida toda funcionam como uma espécie de referencial para os demais casamentos, especialmente se for o casamento do pastor.

O terceiro ponto é a questão da autoridade. Não era esse o receio de Paulo, que após ter pregado a outros não viesse ele mesmo a ser desqualificado? (1Co 9.27). Qual a autoridade de um pastor divorciado já pela segunda ou terceira vez para exortar os maridos da sua igreja a amarem a esposa e a se sacrificar por ela? Essa história aconteceu com um pastor que foi colega meu de seminário. Certo dia, falando na igreja sobre os deveres do marido cristão, sua própria esposa se levantou no meio do povo e disse, “É tudo mentira, ele não faz nada disso em casa!”. O pastorado daquele colega acabou ali mesmo.

Mas tem um quarto ponto. Pastores que já vão no segundo ou terceiro casamento estão passando a seguinte mensagem para os casais da igreja: “O divórcio é uma solução legal e fácil para resolver os problemas do casamento. Quando as coisas começam a ficar difíceis, o caminho mais rápido é o da separação e o recomeço com outra pessoa”. Essa mensagem é também captada pelos jovens, que um dia contrairão matrimônio já pensando no divórcio como a saída de incêndio.

Não que eu seja absolutamente contra o divórcio. Como calvinista, entendo que o divórcio é permitido naqueles casos previstos na Escritura, que são o adultério e a deserção obstinada (Mateus 19.9; 1Coríntios 7.15; ver Confissão de Fé de Westminster XXIV, 6). Sou contra a sua obtenção por quaisquer outros motivos, mesmo que fazê-lo seja legal no Brasil.

Fico me perguntando se, ao final, tudo isto, não é uma versão moderna e evangélica da velha poligamia. Como ela é proibida no Brasil e rejeitada por uma parte das igrejas, alguns pastores acharam esse meio de ter várias mulheres durante o seu ministério, embora não ao mesmo tempo, que é casar-se várias vezes em seqüência, com mulheres diferentes.




Autor: Augustus Nicodemus Lopes | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |