I TM 4:116

Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem. 1 TM 4:16

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Dízimos e ofertas

Preliminarmente gostaria que antes de tirar suas conclusões, leia até o final, preferencialmente analisando as referências para um melhor entendimento. Sei que é um assunto que a maioria não gosta de entrar e embora a maioria dos pastores concordem, estes não admitem publicamente, algumas vezes por conveniência ou para não ir contra a cúpula beneficiada. Mesmo assim sigo em frente, ciente das pedradas, afinal “A verdade dói, mas liberta”.
O que é dízimo? Imediatamente você poderá imaginar: Dez por cento dos meus rendimentos para os cofres da igreja. Mas, Deus ainda exige que pratiquemos alguma ordenança da lei do Antigo Testamento (da qual foi instituído o dízimo), mesmo depois do sacrifício de Cristo para remir o homem do pecado? Vamos conhecer a verdade que envolve esse MITO chamado dízimo, que está sendo levado aos fieis de forma desvirtuada, por muitos pregadores.
Porem, antes de iniciarmos o nosso estudo, vamos à consulta aos dicionários da língua portuguesa, sobre o nosso assunto:
Dízimo: A décima parte.
Dízima: Contribuição ou imposto equivalente a décima parte dos rendimentos.
Como podemos observar, dízimo é a décima parte de qualquer coisa, exceto dos seus rendimentos. Porque a fração equivalente a dez por cento dos rendimentos chama-se dízima.
Porque então os pregadores pedem dízimo? A confusão começa por aí, porque na lei de Moisés, a qual foi por Cristo abolida (Hebreus 7.12,18,19), o dízimo nunca foi dinheiro para o cofre da igreja, os dízimos dados aos levitas eram dez por cento das colheitas dos grãos, dos frutos das árvores e da procriação de animais que nasciam no campo em um determinado período. Resumindo: O dízimo era alimento destinado a suprir as necessidades dos levitas que não tinham parte nem herança na terra prometida. Vejamos:
Deuteronômio 14.24 a 27: E quando o lugar que escolher o Senhor teu Deus para fazer habitar o seu nome, for tão longe que não os possa levar, vende-os e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o Senhor teu Deus e compre tudo o que a tua alma desejar, e come ali perante o Senhor teu Deus, e alegre tu e tua casa. Porem, não desamparará ao levita que está dentro das tuas portas e não tem parte e nem herança contigo.
Considere a profundidade do texto bíblico onde o Senhor evidencia que, se o lugar que escolheu o Senhor teu Deus, para levar o seu dízimo, for tão longe que não os possa levar, Ele instrui, que o seu dízimo deveria ser vendido, e o dinheiro atado na tua mão, (não é na mão de nenhuma outra pessoa), ir ao lugar que escolheu o Senhor, e comprar o que a tua alma desejar, para ali fazer habitar o nome do Senhor Deus.
Portando amados, se o dízimo fosse dinheiro, o Senhor não iria mandar vender o que já era espécie.
O dízimo na lei de Moisés nunca foi oferecido da forma como está sendo feito, porque o dízimo foi destinado para suprir as necessidades dos levitas, mas hoje não há mais entre nós o personagem representativo do levita.
Então alguém irá apontar para Malaquias 3.10 para justificar que fora ordenado ao dízimo ser levado para casa do tesouro. Isso não muda nada, a finalidade do dízimo continua sendo a mesma, ou seja, prover o sustento aos levitas e amparar o órfão e a viúva.
Se meditarmos nos livros de II Crônicas 31.5 a 12 e Neemias 12.44 a 47 vamos entender melhor o porquê Malaquias mandou levar o dízimo a casa do tesouro. A palavra diz: Para que haja mantimento na minha casa. E o que é mantimento?
Mantimento: Aquilo que mantém, provisão, sustento, comida, dispêndio, gênero alimentício, etc.
Ainda em II Crônicas 31.13 a 19, a lei menciona que o quinhão dos dízimos era partilhado às comunidades dos levitas que trabalhavam nas tendas das congregações, segundo o ministério que cada um recebera do Senhor. Hoje o dízimo está sendo direcionado para o líder da igreja ou à cúpula de uma organização religiosa, onde ninguém mais sabe a que fim se destina esse montante. Enfim, o dízimo não foi criado para assalariar o dirigente da igreja ou para prover as despesas pessoais desses, nem tão pouco destinado a realizar obras missionárias ou mesmo construir templos.
No Antigo Testamento, o rigor da ordenança do dízimo era a garantia do mantimento em abundância. Pagava-se o dízimo para ser recompensado materialmente, mas Jesus Cristo em sacrifício vivo, pagou o mais alto preço pela nossa libertação, com o seu próprio sangue, para que recebamos a paz, a graça e a oferta da vida eterna.
No Evangelho de Cristo, Ele nos ensina que não precisamos mais pagar o dízimo para garantir as necessidades cotidianas de coisas materiais (alimento, vestimenta, etc.), Jesus priorizou a buscar primeiramente o Reino de Deus e sua justiça e as demais coisas serão acrescentadas (Mateus 6.25-33).
E para recebermos as bênçãos e a graça do Senhor ninguém precisa pagar mais nada (Mateus 10.7-10) porque é Ele quem nos dá a vida, a respiração, e todas as coisas (Atos 17.25).
 
ANÁLISE DAS PASSAGENS QUE FALAM DE DÍZIMOS.
 
GN 14:20 – Esta é a primeira vez que a palavra dízimo é mencionada na Bíblia. Abraão deu a Meuquisedeque por gratidão e não por ordenança, pois ainda não havia a Lei. Sua “oferta” foi equivalente a décima parte do que tinha recuperado do despojo da guerra e por ele foi abençoado.
GN 28:22 - A segunda vez que aparece, tal como a primeira, não foi uma ordenança de Deus e sim um voto feito por Jacó. Um voto de gratidão em caráter de “oferta”.
Em ambos os acontecimentos, não há registro na Palavra do Senhor que tenha havido ordenanças ou determinação para que se dessem o dízimo. Especificamente nesses casos, os dízimos foram oferecidos de forma voluntária, espontânea, ou por voto, em retribuição e agradecimento, honra e glória ao Senhor Deus, pelas bênçãos recebidas e pelas vitórias conquistadas.
Assim sendo, hoje não se pode tomar como exemplo os dízimos de Abraão e Jacó, como fundamento para implantá-los como regra geral de doutrina na igreja, com o propósito de receber bênçãos e salvação, em nome de uma lei que fora por Cristo abolida.
LV 27:32 -  Na terceira vez que é vimos a palavra “dízimos”, já vem como uma ordenança ao povo de Israel e apenas menciona animais.
NM 18:21 -  Esta é a quarta vez que é mencionado o dízimo, porém já definida como única herança dos Levitas, pois não receberam a herança da terra. O próprio capítulo 18 já nos mostra claramente que era uma exclusividade da tribo de Levi e sua descendência. Os Levitas não só executavam serviços de cunho sacerdotal, mas também o serviço público do povo de Israel e até o que hoje chamamos de Três Poderes já existia.
·         DEUS COMO O LEGISLADOR
·         MOISÉS COMO PODER JUDICIÁRIO
·         OS LEVITAS COMO O PODER EXECUTIVO
Nos livros de Levíticos, Números e Deuteronomio é mostrado os diversos tipos de serviços executados pelos Levitas, tais como:
·         Guarda da tenda do sacrifício
·         Guarda da Arca da Aliança
·         Guarda do sacerdote
·         Vigilância do araial
·         Transporte do material sagrado
·         Recolhimento dos dízimos
·         Execução das penas etc...
O pagamento do dízimo foi ordenado pela lei do Antigo Testamento, e tinha caráter de caridade, pois a sua principal finalidade era suprir as necessidades dos Levitas que não tinham parte nem herança na terra prometida, e também dos estrangeiros, órfãos e viúvas.
Os Levitas não poderiam ter outra fonte de renda e a sua semente teria que dar continuidade ao ministério.
DT 14:22-29 -  Na quinta vez que se faz menção do dízimo no V.T. podemos perceber que mesmo já existindo o dinheiro (NM 3:49), os dízimos eram retirados da produção agropecuária. Não precisa ser nenhum teólogo para compreender que o povo de Israel todo ano tinha que separar os dízimos e se confraternizar com os Levitas (juntos) e de três em três anos, além dos Levitas, com os órfãos, viúvas e com os estrangeiros. Em suma, os dízimos eram do povo para o povo.
Deuteronômio 14.29: Então virá o levita (pois nem parte nem herança têm contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu Deus te abençoe em toda a obra das tuas mãos que fizeres.
Está na palavra, o dízimo foi criado por Deus, com a finalidade exclusiva de caridade aos necessitados, hoje é empregado para outros fins, diverso daquele que o Senhor ordenou.
DT 26:12-19 – Neste texto é ratificado tudo o que é dito em DT 14:22-29 quanto ao ano do dízimo.
NE 10:37 -  Observando a sétima vez que há menção da palavra dízimo, veremos que além dos dízimos o capitulo 10 traz uma série de ordenanças para o povo de Israel. No VS 31 diz que os dízimos teriam que ser trazidos no dia de sábado e no sétimo ano não seria recolhido.
Quero deixar uma reflexão antes de passar para o próximo ponto: Qual o objetivo de cumprir apenas parte das ordenanças? Porquê nós gentios temos que observar apenas a lei dos dízimos (ainda que de forma errada) e não as demais ordenanças???
ML 3:8-10 -  “O capítulo das ameaças”. Esse é o versículo mais usado como ameaça pelos líderes atuais para coagir os fiéis à contribuição. De forma isolada usam de astúcia e violentamente impõem o medo. Parece que eles têm um capeta de estimação, no qual denominam devorador, cortador, migrador etc, e que a qualquer momento poderá soltá-los para destruir principalmente a vida financeira caso não contribuam.
Leiam o livro de Malaquias todo, é um livro pequeno e de fácil entendimento. Verás que dentro dele, além ordenanças também traz advertências para os Judeus que estavam em falta, inclusive com as contribuições. Mas não fala apenas de leis dos dízimos e também de casamentos com mulheres estranhas e o que o Senhor acha do divórcio, assunto um tanto ignorado atualmente.
Não obstante as diversas ordenanças prescritas no V.T., querem impor arbitrariamente somente a lei dos dízimos. Porque nos impõem dois pesos e duas medidas? Porque ensinam que as demais ordenanças eram transitórias e o mesmo não falam dos dízimos?
MT 23:23 e LC 11:42 -  Aqui é a 9ª e 10ª  vez que é mencionado o dízimo, são dois textos escritos por autores distintos. Observem o contexto e ficará explícito Jesus censurando os escribas e fariseus que eram Judeus e não gentios como nós, e o mais interessante é que não menciona valor em espécie, mesmo já existindo moeda corrente.
A décima primeira menção se faz em HB:7 que é uma alusão ao texto de GN 14:20. Hebreus 7.5: E os que dentre os filhos de Levi receberam o sacerdócio tem ordem, segundo a lei, de tomar os dízimos do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão.
Observe, a palavra afirma que Moisés deu uma lei ao seu povo, a qual é direcionada aos filhos de Levi, especificamente aos que receberam sacerdócio para trabalhar nas tendas das congregações, os quais têm ordem segundo a lei de receber os dízimos dos seus irmãos. Agora note o relato do versículo 11:
Hebreus 7.11: De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade se havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque (referindo-se a Jesus Cristo) e não fosse chamado segundo a ordem de Arão? (menção a Moisés, o qual introduziu a lei ao povo).
Hebreus 7.12: Porque mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança na lei.
Meditando no texto acima, especificamente nestes versículos, onde a palavra do Senhor assegura que os sacerdotes Levíticos recebiam os dízimos segundo a lei (Hebreus 7.5), Porque através deles (sacerdotes Levíticos) o povo recebeu a lei (Hebreus 7.11) e mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também, mudança na lei (Hebreus 7.12), porque se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levíticos (pelo qual o povo recebeu a lei), qual a necessidade do Senhor enviar outro Sacerdote? A palavra não deixa sombra de dúvida que não só o dízimo, mas toda a lei de Moisés foi por Cristo abolida. Mudou o Sacerdócio, necessariamente, mudou também a Lei.
Se hoje, usarmos essa lei que fora direcionada especificamente aos filhos de Levi, aos que receberam o sacerdócio do Senhor Deus e aplicada ao povo, ela torna-se ilegítima, porque os pastores de hoje não são sacerdotes levitas, e Jesus afirmou que a lei e os profetas duraram até João (Lucas 16.16), e mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz mudança na lei (Hebreus 7.12).
Portanto, apenas esses três versículos (5,11,12) do capítulo 7 da carta aos Hebreus, é o suficiente para entendermos a abolição de toda lei, e não falarmos mais em obras mortas como dízimo na era da Graça do Senhor Jesus.
Após analisar cada texto observa-se alguns pontos esclarecedores a respeito dos dízimos como uma prática judaica baseada na Lei, não estendida aos gentios:
·         Não era em dinheiro.
·         Se tivéssemos que cumprir os dízimos na forma da lei teríamos que cumprir as demais ordenanças, tais como a circuncisão, guarda do sábado, o dia da entrega dos dízimos (sábado), ano do dízimo (3º ano), o ano de abster-se de entregar os dízimos (7º ano).
·         Se enfatizarmos as contribuições na forma da lei dos dízimos, subjugamos a graça e anulamos o sacrifício de Cristo.
·         Jesus nunca ensinou ou ordenou acerca dos dízimos.
·         Paulo não traz nenhum doutrinamento a respeito do dízimo.
 
A ABOLICIDADE DOS DÍZIMOS
No Evangelho de Cristo, não há ordenança para se tomar o dízimo ou para se cumprir qualquer outro rito da lei. Jesus nos deu um Novo Mandamento, mandou pregar o seu Evangelho, ordenou amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, isto é, com amor, e não estipulou percentual ou limite. Em Mateus 10.42 o Senhor mandou dar pelo menos um copo de água fria. Para o mancebo rico Ele mandou vender tudo e dar aos pobres (Mateus 19.21); e quando Zaqueu lhe disse que daria até a metade de seus bens aos pobres, Ele não confirmou a necessidade desse procedimento (Lucas 19.8, 9), disse apenas: Zaqueu, hoje veio salvação a esta casa.
Muitos saem em defesa do dízimo afirmando: “Mas o Dízimo é bíblico” (Números 18.21 a 26). Certamente, como também é bíblico: a circuncisão (Gênesis 17.23 a 27), o sacrifício de animais em holocausto (Levíticos Capítulos do 1 até 6.8 a 13), a santificação do sábado (Levíticos 23.3), o apedrejar adúlteros (Levíticos 20.10 e Deuteronômio 22.22), etc. É bíblico, mas pela ordenança da lei que Moisés introduziu ao povo.
Então porque hoje não cumprem a lei na sua totalidade, ao invés de optarem exclusivamente pelo dízimo? Querem o dízimo porque é a garantia de renda líquida e certa todos os meses nos cofres das igrejas.
O que também é bíblico, e o homem ainda não se conscientizou, é uma grande divisão existente na palavra, separando a Velha Aliança do Novo Mandamento do Senhor Jesus; o qual testifica a doutrina para salvação (I Coríntios 15.1, 2). Porém hoje, qualquer esforço para voltar a lei de Moisés que Cristo desfez na cruz, é anular o sacrifício do cordeiro de Deus e reconstruir o muro por Ele derrubado (Efésios 2.13 a 15).
Apocalipse 5.9: Porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de todas as tribos, e línguas, e povos, e nações.
Portanto irmãos, o preço pela nossa salvação, o Senhor Jesus Cristo já pagou o mais alto preço, com o seu sangue inocente na Cruz. O Senhor ainda alerta: Fostes comprados por bom preço, não vos façais servos de homens (I Coríntios 7.23).
O dízimo hoje é remanescente por razões óbvias: Primeiramente, pela contribuição dos que arcam com essa pesada carga tributária.
Outra presunção vem por parte dos que são beneficiados pelos dízimos, esses incorrem no erro pela ausência de entendimento espiritual da palavra de Deus não diferenciando a lei de Moisés feita de ordenanças simbólicas e rituais, com a Graça e a verdade do Senhor Jesus Cristo, ou mesmo consciente da abolição dessa prática, assumem o risco dolosamente na desobediência à palavra do Senhor.
Porem, seja por uma ou por outra razão, o homem querendo ou não, aceitando ou não, o dízimo, como toda a lei cerimonial do Antigo Testamento, foi por Cristo abolida, pelo seu sangue na cruz do Calvário: (Lucas 16.16, Romanos 10.4, Efésios 2.15, II Coríntios 3.14, Hebreus 7.12,18, 19).
Gálatas 5.14: Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amaras ao teu próximo com a ti mesmo.
 
No Evangelho de Marcos 16. 15, 16, disse Jesus: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado, será salvo, mas quem não crer será condenado.
Observem que o Senhor Jesus mandou pregar o Evangelho, para que crendo, recebamos a salvação (I Coríntios 15.1, 2). Foi para isso que Ele deu a sua vida. E onde está a ordenança para o dízimo, senão no Antigo Testamento? Porque então o homem persiste em pregar e manter as ordenanças da lei, as quais foram por Cristo, abolidas? Pregar a velha aliança é mutilar o Evangelho de Cristo, e sobrecarregar as ovelhas do pesado fardo que Cristo levou sobre si.
No Evangelho de Cristo Ele nos ensina fazer caridade, nos ensina a orar, a jejuar (Mateus 6.1-18), e uma infinidade de outros ensinamentos, porém nas duas únicas vezes que Ele referiu-se aos dízimos, foi com censura. Vejamos:
Mateus 23.23 – Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas e não omitir aquelas.
Alguém poderá considerar que Jesus ordenou que se dizimássemos, porque Ele disse: Deveis fazer estas coisas. Vamos buscar o entendimento espiritual na palavra do Mestre:
Jesus era um judeu, nascido sob a lei (Gálatas 4.4).Portanto, viveu Jesus na lei, reconheceu-a, e disse dessa forma, pela responsabilidade de cumprir a lei. Vejamos:
Mateus 5.17,18: Disse Jesus: Não cuideis que vim abolir a lei e os profetas, mas vim para cumpri-la, e, nem um jota ou til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.
E verdadeiramente o Senhor cumpriu a lei, visto que foi circuncidado aos oito dias, foi apresentado na sinagoga (Lucas 2. 21-24), assumiu o seu sacerdócio aos trinta anos (Lucas 3.23, Números 4.43, 47), curou o leproso e depois o mandou apresentar ao Sacerdote a oferta que Moisés ordenou (Mateus 8.4, Levíticos 14.1...), e cumpriu outras formalidades cerimoniais da lei.
Porém, quando Cristo rendeu o seu Espírito a Deus (Mateus 27.50,51), o véu do templo rasgou-se de alto a baixo, então passamos a viver pela graça do Senhor Jesus, encerrando-se ali, toda ordenança da lei de Moisés, sendo abolido o Antigo e introduzido o Novo Testamento, o Evangelho da graça e salvação.
O que precisamos entender de vez por todas que Cristo não veio a ensinar os Judeus a aperfeiçoar a Velha Aliança, Ele disse: Um novo mandamento vos dou (João 13.34), e se a justiça provem da lei, segue-se que Cristo morreu em vão (Gálatas 2.21).
Em Mateus 5.20 disse Jesus: Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.
Observem que o Senhor Jesus Cristo mandou justamente os escribas e fariseus (os quais o Senhor sempre os tratava por hipócritas, falsos) que cumprissem a lei de Moisés, lei que ordena o pagamento do dízimo. Nós porém, para herdarmos o reino dos céus, não podemos de forma alguma voltar no ritual da lei Mosaica como faziam os escribas e fariseus, com hipocrisia, mas precisamos exceder essa lei, a qual foi por Cristo abolida. A Graça do Senhor Jesus excede a lei de Moisés e todo entendimento humano.
A Segunda vez que o Senhor Jesus referiu-se ao dízimo, foi na Parábola do Fariseu e do Publicano (Lucas 18.9-14) e outra vez censurou os dizimistas. Tomou como exemplo um homem religioso, que jejuava duas vezes por semana e dizia ser dizimista fiel, porém, exaltava a si mesmo e humilhava um pecador que suplicava a misericórdia do Senhor.
Hoje não é diferente, muitos ainda exaltam-se dizendo: “Eu sou dizimista fiel”, mas nesta narrativa alegórica, o Senhor Jesus Cristo exemplificou que no Evangelho não há galardão para os dizimistas fieis, ao contrário, Jesus sempre os censurou.
                    
Se você conseguiu ler até aqui, suponho que tenha feito de maneira sábia como os Bereianos, conferindo cada texto, talvez esteja pensando que se esta vivendo na graça e não na lei, sendo assim não tem responsabilidade para com a obra de Deus, está mais uma vez equivocado. Abaixo falaremos de um assunto que não está ligado a Leis, ordenanças nem obrigações, mas a algo muito superior que é o amor a Deus e consequentemente ao próximo.
 
OFERTAS NO NOVO TESTAMENTO
Se é verdade que dizimar foi parte da adoração de Israel no Velho Testamento, e que não tem nenhuma injunção prática sobre os crentes do Novo Testamento, então vem à tona, naturalmente, a pergunta "o que o Novo Testamento realmente ensina sobre o dar das nossas rendas a Deus?" Seguramente, o local de partida para os crentes do Novo Pacto começarem a entender qual é a revelada vontade de Deus para contribuir, está nas Escrituras do Novo Testamento. É exatamente para lá que eu gostaria de lhe levar, para juntos examinarmos a vontade de Deus para o ofertar do verdadeiro cristão.


QUANTO OFERTAR?

Uma vez que já temos estabelecido que o dízimo não é o padrão para crentes na Nova Aliança, como então determinarmos quanto os verdadeiros cristãos devem contribuir? Examinemos três diferentes textos, para colhermos, com esforço e cuidado, o real entendimento sobre este importante assunto.

1 Coríntios 16:1-2:
"1 Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. 2 No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar."

Em nosso texto, o apóstolo Paulo dá direções à igreja de Corinto: é em proporção ao quanto cada um tem prosperado que eles devem dar na coleta para os santos em Jerusalém, os quais estão em grande pobreza e passando por enormes aflições. Embora não exista nenhuma menção dos santos em Corinto darem um dízimo ou qualquer outra percentagem imposta, eles são instruídos a darem proporcionalmente à sua prosperidade. O ponto em foco é simples, aqueles com mais dinheiro dêem mais, aqueles com menos dinheiro, podem dar menos. Nada mais claro nem mais simples.
Atos 11:27-30: "... 29 E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia. ..."

Note, na narrativa, que foi proporcionalmente aos seus meios que os irmãos em Antioquia ajudavam os irmãos que sofriam na Judéia. Em outras palavras, deram de acordo com suas capacidades. Aqueles com mais dinheiro deram mais, aqueles com menos dinheiro deram menos.
2 Coríntios 9:7: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria."
Aqui, Paulo dá direções à igreja, para que dêem aquilo que têm proposto em seus corações.
Note que o apóstolo não lhes diz quanto dar, nem lhes impõe uma percentagem fixa como padrão. Ele simplesmente lhes diz que, o que quer que tenham decidido contribuir, devem ir em frente e ofertar. Muitas vezes, no instante em que vemos uma necessidade, determinamo-nos a dar uma certa quantia, mas depois, quando o tempo de dar nos alcança, somos tentados a voltar atrás ou ficar aquém. Paulo ensina que devemos ser fiéis em fazer o bem segundo o que já tínhamos proposto em nosso coração. Mas note igualmente que o apóstolo Paulo deixa o valor a critério dos Coríntios. Não devemos permitir que outras pessoas indevidamente nos manipulem ou nos intimidem psicologicamente ou de qualquer outra forma, levando-nos a dar por um sentimento de culpa ou de pressão. Tem que não haver nenhuma compulsão externa em nosso dar; o valor tem que ser nossa própria decisão.

Estes textos do Novo Testamento nos ensinam que Deus nos permite decidir sobre o valor das nossas contribuições. Sim, devemos contribuir em proporção aos nossos meios e a como Deus nos tem prosperado; ... mas, ao final, somos livres para ofertarmos o quanto desejamos. Quão libertador isto é, quando consideramos as táticas manipulativas de arrancar dinheiro que muitas igrejas de hoje tão freqüentemente usam. A vontade de Deus é que, quando vemos uma necessidade, oremos ferventemente por direção sobre como podemos atender aquela necessidade. Então, com base na nossa situação financeira, ofertamos com um coração prazeroso e alegre.
QUAL A FINALIDADE DAS OFERTAS?
Que necessidades devemos atender com as ofertas? Será que o Novo Testamento nos dá alguma luz sobre este importante assunto? Creio que as Escrituras são muito claras nesta área. O Novo Testamento ensina que há três propósitos para nosso ofertar:

1. Satisfazer as necessidades dos santos:
Este tema é como um fio que vai através de toda a Escritura. Consideremos alguns textos:
Atos 2:44-45 "44 E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. 45 E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister."
O espírito de amor e generosidade era tão grande, na igreja primitiva, que os crentes, de própria vontade e alegremente, abriram mão de suas próprias propriedades e possessões, para ministrarem às necessidades dos outros santos. Eles chegaram mesmo ao ponto de vender suas terras e casas para tomarem conta um do outro (Atos 4:34).
1 João 3:17"Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus?"

Gálatas 6:9-10
"9 E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. 10 Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé." Embora o "façamos bem" não seja claramente definido, seguramente incluiria o ofertar para atender as necessidades dos domésticos da fé.
Em adição a estes claros textos, lemos também, em Mt 25:31-40, que, quando Cristo voltar, separará as ovelhas dos bodes. As ovelhas são descritas como aqueles que alimentaram Cristo quando ele estava faminto, deram-lhe de beber quando estava sedento, vestiram-no quando estava nu. Quando as ovelhas replicam: "Senhor, quando ... e te demos de comer? ... e te demos de beber? 38 ... e te hospedamos? ... e te vestimos? 39 ... e fomos ver-te?" Cristo responde " Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes." Aqui, Jesus nos diz claramente que quando usamos nosso dinheiro para vestir e alimentar os irmãos de Cristo (crentes, de acordo com Mt 12:50 ["... qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, e irmã e mãe."]), estamos ministrando a ele. Ademais, 1Tm 5:16 ["... para que se possam sustentar as que deveras são viúvas."] dá instruções sobre como a igreja deve sustentar viúvas desvalidas. Ainda mais, temos visto, nos textos já citados, as muitas exortações do apóstolo Paulo para atender aos santos pobres em Jerusalém. Portanto, é bastante claro que uma das prioridades do ofertar no Novo Testamento é satisfazer as necessidades dos santos.
2. Satisfazer as necessidades dos obreiros cristãos:
Além de usarmos nosso dinheiro para atender as necessidades dos nossos irmãos em Cristo, as Escrituras também nos levam a usar nosso dinheiro para sustentar os que trabalham na obra do Senhor. Consideremos as seguintes passagens:

1 Timóteo 5:17-18: "17  Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina; 18 Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário."

Neste texto, "honra" tem que significar mais que estima e respeito, pois, no verso 3 do mesmo capítulo, Paulo manda a Timóteo "Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas." Honrar estas viúvas é prover para elas (v. 8) e assisti-las (v. 16). Portanto, quando Paulo menciona "honrar" os anciãos que trabalham duramente na pregação e ensino da Palavra, imediatamente depois que ele mencionou honrar as viúvas, Paulo tem que ter a mesma coisa em mente, prover e assistir aos anciãos financeiramente, de modo que possam se dedicar ao trabalho de labutarem na Palavra. Um ancião que ensina é como um boi que deve ser permitido comer enquanto está debulhando. Em outras palavras, deve ser sustentado e cuidado enquanto está trabalhando com todo esforço. Ele também é como um operário, o qual é digno de seu salário. A uniforme prática apostólica do Novo Testamento foi a de apontar anciãos para superintenderem as igrejas que os apóstolos plantavam. Paulo simplesmente orienta as igrejas a proverem e assistência financeira a estes anciãos, de modo que possam dar seu tempo à tarefa de ministrarem ao rebanho.

 
1 Coríntios 9:6-14 "6 Ou só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? 7 Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não se alimenta do leite do gado? 8 Digo eu isto segundo os homens? Ou não diz a lei também o mesmo? 9 Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois? 10 Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança e o que debulha deve debulhar com esperança de ser participante. 11 Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais? 12 Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, e mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo. 13 Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar? 14 Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho."
 
Nesta passagem Paulo está clamando que os apóstolos tinham todo o direito de abster-se de trabalhos seculares e todo o direito de receberem o sustento material daqueles a quem serviam. De fato, Paulo assevera que o Senhor mandou àqueles que proclamam o evangelho que obtenham seu viver do evangelho.
 
Filipenses 4:15-18 "15 E bem sabeis também, ó Filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente; 16 Porque também uma e outra vez me mandastes o necessário a Tessalônica. 17 Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que cresça para a vossa conta. 18 Mas bastante tenho recebido, e tenho abundância. Cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus."
 
Neste texto o apóstolo declara expressamente que as ofertas que os Filipenses lhe haviam enviado foi um fragrante aroma, um sacrifício aceitável, e foi agradável a Deus. O próprio Deus nos tem dado sua aprovação para usarmos nosso dinheiro para sustento de fiéis obreiros cristãos. Portanto, é importante que o povo de Deus utilize seus recursos financeiros para sustentar obreiros cristãos, quer sejam anciãos de uma igreja local, ou evangelistas itinerantes, ou missionários.

3. Satisfazer as necessidades dos pobres:

Em adição ao uso do nosso dinheiro para satisfazer às necessidades dos santos e dos obreiros cristãos, as Escrituras também nos mandam usar nosso dinheiro para atender aos necessitados. Considere os seguintes textos:

Lucas 12:33-34 "33 Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói. 34 Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração."
Efésios 4:28 "Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade."
Aqui a pessoa que sofre a necessidade não é identificada como crente, mas presumivelmente pode ser qualquer um padecendo privação.
Tiago 1:27 "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.”
Visitar órfãos e viúvas em suas necessidades tem que significar mais que fazer-lhes uma mera visitinha social.
Como temos visto, podemos desta maneira sumariar o ensino do Novo Testamento sobre o propósito do ofertar:
[a] satisfazer as necessidades dos santos,
[b] satisfazer as necessidades dos obreiros cristãos, e
[c] satisfazer as necessidades dos pobres.
Note que o ato de ofertar, no Novo Testamento, é sempre para atender as necessidades das pessoas. É interessante que aquela coisa na qual a igreja moderna gasta a maior parte do seu dinheiro, depois de pagar o salário do seu pessoal, não é de modo algum mencionada no Novo Testamento – inauguração de templos! A Bíblia simplesmente não fala de nenhuma igreja entrando em débito para comprar ou construir caros prédios, pela simples razão de que a igreja primitiva não se reunia em prédios especiais. Eles se reuniam em casas. Assim, não havia despesa "não estrita e diretamente com o evangelho e com pessoas", tal despesa só faria drenar a energia e as finanças da igreja. Desta maneira, todas as dádivas do povo de Deus podiam ir diretamente para atender aos necessitados.
Incidentalmente, não há nas Escrituras nada que exija que as ofertas ao Senhor tenham que ser primeiramente entregue aos líderes da igreja, e depois distribuídos por eles conforme eles o prefiram, porém assim o fazemos como um referencial mesmo sabendo que pastor é para pastorear e administrador é para administrar.
COMO OFERTAR?
Além de nos iluminar sobre o valor total e sobre o propósito das nossas ofertas, as Escrituras nos ensinam muito sobre como devemos ofertar.

1. Devemos ofertar anonimamente:

Em Mateus 6:1-4   - 1  Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus. 2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. 3 Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; 4 Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente.

Jesus nos ensina a ofertar em segredo, para que aquele que vê em segredo nos recompense. Este tipo de ofertar é preferível pois protege o ofertante de orgulho espiritual. Quando você quiser ofertar a alguém, procure maneiras de atender a necessidade que você percebeu, sem que o beneficiário jamais saiba quem o fez.


 
Hoje é comum nas igrejas e distribuição de envelopes onde constam espaços dedicados à identificação e valor de quem está contribuindo, qual será o objetivo? Será para que se faça acepção entre os que contribuem e os que não o fazem?
Se a minha oferta é para o Senhor, não há necessidade que mais ninguém saiba, só Deus conhece o coração e só Ele através da sua oniciência deve saber quem ofertou e porque ofertou.

2. Devemos ofertar voluntariamente e por amor

2 Coríntios 8:3-4 diz "3 Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente. 4 Pedindo-nos com muitos rogos que aceitássemos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos."
 
Somos aqui ensinados que as igrejas da Macedônia deram voluntariamente. Ninguém os estava manipulando emocional e psicologicamente, nem lhes torcendo o braço obrigando-os.  Em 2Cor 9:7 Paulo diz "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria." Se não devemos ofertar com tristeza ou sob compulsão externa, então devemos ofertar voluntariamente de ânimo pronto, com prazer e alegria. Deus quer que nosso desejo de ofertar provenha do nosso coração.

3. Devemos ofertar com alegria

Em 2Coríntios 9:7 nós aprendemos qual espírito devemos ter ao ofertarmos, "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; Porque Deus ama ao que dá com alegria."
Deus não deseja que seu povo oferte movido por um sentimento de compulsão, empurrado à força e contra a vontade, mas sim movido por uma atitude de alegria.
CONCLUSÃO

As Escrituras não ensinam que o dízimo é obrigatório sobre os crentes durante a dispensação do Novo Testamento. No entanto, as mesmas Escrituras decididamente ensinam que os crentes devem ser ofertantes generosos, animados! Será que isto descreve você? A lei nos fazia contribuir por ordenanças judaicas não extensiva a nós gentios, mas a graça por Cristo revelada nos compele a contribuir por amor.
 
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome (João 1:11-12).
 
Já que essa graça nos alcançou e nos fez filhos de Deus, temos o prazer de contribuir tanto com ofertas alçadas (para um determinado fim) como com ofertas voluntárias de gratidão, não como barganha tal como a famigerada teologia da prosperidade, visando o que Deus pode nos dar, mas por amor, por gratidão pelo que já nos deu por herança, a salvação.
Devemos sempre estar pensando em vidas, esse é nosso alvo, devemos ter em mente que cumprir o “IDE”, demanda recursos financeiros. A igreja depende de contribuições para manter missionários em campo, precisa manter verdadeiros pastores que dedicam suas vidas integralmente no cuidado das ovelhas – “Não digo o mesmo de pastores de gabinete, presidentes disso ou daquilo, mas falo de pastores locais, com cheiro de ovelha”- precisa manter também o templo local, que é onde conduzimos aqueles que necessitam de uma palavra, e até mesmo assistência material. Se formos comparar a Lei com a Graça veremos que nossas responsabilidades para com o próximo vai muito além dos 10%, pois amar o próximo como a nós, que é mandamento, nos coloca no mesmo nível de igualdade, nos fazendo por amor querer para os outros o mesmo que queremos parta nós.
 
É minha sincera oração que o Espírito Santo use estas palavras para o desafiar a repensar os seus padrões de ofertar, e para verificar se eles se alinham com a vontade de Deus, conforme expressa no Novo Testamento. Se não estiverem, vá ao Senhor em oração e peça-lhe o poder e a graça para lhe obedecer plenamente em todas as coisas.
 
 
Marcos Silva

 

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